mulher_posAberta no dia 3, a avaliação dos programas de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) segue até 6 de agosto com algumas novidades em relação ao último processo, realizado em 2013. A principal é que o período de avaliação passa a abranger quatro anos – 2013 a 2016 –, e não mais apenas três.

A ampliação do intervalo tem como objetivo atender ao Plano Nacional de Pós-graduação (PPNG) referente ao período 2011-2020, segundo o qual programas de notas 3 a 5 devem ser avaliados em períodos mais curtos que os de notas 6 e 7. “Seria difícil operacionalizar o formato exato sugerido pelo PNPG, com dois blocos de avaliações, porque nosso método é comparativo e essa comparação seria perdida se realizássemos avaliações em intervalos distintos”, explica Rita Barradas Barata, diretora de Avaliação da Capes.

Dados cruzados – Esta também é a primeira edição da avaliação que conta com dados sobre os egressos dos cursos de mestrado e doutorado o que contribuirá para medir a inserção social dos programas de pós-graduação. Realizado em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), esse levantamento sobre os egressos cruzou dados da Capes com os da relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho do período de 1996 a 2014. O resultado permite acompanhar as trajetórias acadêmicas e profissionais dos pós-graduados.

“Sabemos, por exemplo, se egressos de cursos de mestrado ingressam em doutorados e quais empregos os pós-graduados conseguiram”, aponta Rita Barata. “Pela primeira vez, temos dados confiáveis sobre 75% dos mestres e 85% dos doutores por programa, para avaliação do impacto da pós-graduação na realidade brasileira.”

Correções – Outra mudança importante é o uso da Plataforma Sucupira, que, lançada em 2014, coleta informações de desempenho acadêmico fornecidas diretamente pelos programas de pós-graduação. O sistema permite ainda o processamento dos dados, corrigindo inconsistências antes mesmo de as comissões trabalharem. Esse recurso, reforça a diretora de Avaliação da Capes, poupa tempo e aumenta a confiabilidade dos dados.

Comissões distintas das acadêmicas passarão a avaliar os programas de mestrados profissionais. A medida tem o objetivo de tornar mais precisa a análise desses cursos. Iniciantes na avaliação, os mestrados profissionais em rede voltados à formação de professores da educação básica (PROFs) terão uma ficha de avaliação própria. A avaliação específica dos PROFs contará com comissões de caráter multidisciplinar, que também deverão apreciar o funcionamento daqueles cursos que foram recomendados recentemente. Com isso, informa Rita Barradas, será construído o aprendizado sobre como avaliar esse novo tipo de curso de pós-graduação.

Avaliação – Iniciada em 1976, a avaliação da pós-graduação stricto sensu é o instrumento fundamental do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Os resultados têm usos diversos. Estudantes se baseiam nas notas para escolher seus futuros cursos, e agências de fomento nacionais e internacionais orientam suas políticas de fomento segundo as notas atribuídas pela avaliação. Já os estudos e indicadores são utilizados para induzir políticas governamentais de apoio e crescimento da pós-graduação e estabelecer uma agenda para diminuir desigualdades entre regiões do Brasil ou no âmbito das áreas do conhecimento.

Conforme o desempenho acadêmico no quadriênio, os cursos recebem conceitos que variam de 1 a 7. Notas 1 e 2 são consideradas insuficientes e provocam o descredenciamento do curso; nota 3 corresponde a desempenho médio, que apresenta padrões mínimos de qualidade; notas 4 e 5 significam um desempenho entre bom e muito bom, sendo 5 a nota máxima para programas que possuem apenas curso de mestrado. Notas 6 e 7, por sua vez, indicam desempenho equivalente a padrões internacionais de excelência.

Mais detalhes da Avaliação Quadrienal podem ser vistos na página da Capes.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes