Projeto de inclusão social é responsável por fabricar campeões no kitesurf
Uma brasileira radicada na Espanha, que há seis anos voltou a seu país para realizar um sonho e junto a isso o de muitos outros. Essa é Isabel Lupiañez, idealizadora e coordenadora do “Projeto Vivo”, em Barra Grande, no Piauí. Uma iniciativa que surgiu com o objetivo de inclusão social através do esporte, mas que não parou no lado beneficente e hoje é responsável por fabricar atletas campeões.
“Cheguei aqui no Nordeste e me empolguei. Conheci a Barra Grande e me apaixonei. Esse lugar é lindo, mágico. Eu vi muita criança aqui com tempo ocioso, na rua, e preocupada, além da vontade, comecei logo. Tem sete anos que estamos com o projeto. Aqui é o país dos bons ventos. A região nordeste, com os ventos alísios é um dos melhores lugares para a prática do kitesurfe, e como eu sou instrutora de kite e de snowboard, eu aliei as paixões”, conta Isabel.
As dificuldades financeiras existem, mas Isabel usa da sua experiência como ex-atleta para superar e ao mesmo tempo burlar esses problemas. O Projeto Vivo ganhou o mundo e os atletas já participaram de diversas competições internacionais. Entre os destaques está Manoel Piçarrinha, 17 anos, duas vezes vice-campeão TTR Slalom e Bia. Silva, 13 anos, também dona de muitos títulos. O sucesso de Piçarrinha não é único. Com as condições climáticas corretas, um treinamento e a estrutura do projeto, “novos Manóeis” já estão surgindo no Piauí. Segundo Isabel, em breve, outros campeões serão conhecidos pelo público.
“Aqui temos muitas ferinhas e eu tenho certeza que vamos continuar descobrindo grandes talentos por aqui”, afirmou Isabel Lupiañez.
Para segundo semestre o Projeto Vivo tem muitas pretensões tanto na parte de esporte como no sentido de inclusão. Hoje ele atende mais de 100 crianças.
Fonte: Jornal O Dia