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Jovens aprendizes do setor desportivo e trabalhadores da área de turismo selecionados para trabalhar durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, no Rio de Janeiro, tiveram a oportunidade de unir teoria e prática por meio de cursos profissionalizantes. Além de remuneração, os participantes receberam certificado de participação e conclusão dos cursos.

O Pronatec Jovem Aprendiz do Desporto (Jade 2016) ofereceu dois tipos de capacitação, voltados para organização de eventos e formação de assistentes administrativos. A ação cumpriu todos os requisitos da Lei do Jovem Aprendiz [Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000] para a contratação de estudantes com carteira assinada.

Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Simone Souza, é uma oportunidade inédita de ampliar os conhecimentos no setor. “Esses jovens estão contratados por empresas privadas, mas trabalham para a Rio 2016”, disse. “Eles vão ter um certificado, que vai capacitá-los; para muitos deles, talvez a maioria, é o primeiro emprego com carteira assinada. Então é muito vantajoso, realmente.”

A Jade 2016 é desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o IFRJ e com os ministérios da Educação e do Trabalho e Previdência Social (MTPS), com a Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro (SMTE) e com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

Outro curso de capacitação oferecido pelo IFRJ voltado para a formação profissional no setor de turismo é a plataforma on-line Canal Braços Abertos. William Venâncio, atendente da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (RioTur), ficou entre os dez mais bem qualificados do curso gratuito, desenvolvido em parceria entre IFRJ, Ministério do Turismo e RioTur.

Desempenho — William conta que todo o conteúdo é fácil de ser assimilado. “Achei o curso válido e otimista; gostei muito dos conteúdos de primeiro socorros e empreendedorismo”, afirmou. “Se a gente faz um bom trabalho, com certeza os turistas ficam à vontade para voltar.”

Para William, esse bom desempenho tira dos visitantes qualquer impressão negativa que tenha sido passada a eles. “Com isso, eles voltam e trazem mais receita ao país, além dos amigos.”

A plataforma ofereceu treinamento profissional em todas as cidades-sede do torneio de futebol das Olimpíadas do Rio — Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo. O curso teve 80 horas de duração, com 8,2 mil inscritos. Foram cinco módulos temáticos, com 81 capítulos sobre temas como hotelaria, manipulação segura de alimentos, combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e inglês, entre outros.

A iniciativa teve investimento de R$ 5,9 milhões do Ministério do Turismo. A próxima solenidade de certificação está marcada para setembro.

Fonte: Portal do MEC