Simulação de Fernanda sendo jogada por duas pessoas

A reconstituição da morte de Fernanda Lages, 19 anos, começou às 4h20 desta madrugada de quinta-feira, no Bar Pernambuco, para onde ela teria ido após sair da Boate Cenário, no dia 25 de agosto no prédio da Procuradoria da República.

Amigas de Fernanda Lages participaram da reconstituição, mas nenhum dos suspeitos estava no local.

Na simulação participaram policiais civis e militares que interditaram parte da avenida João XXIII no sentido Centro-Zona Leste.

O secretário estadual de Segurança, Raimundo Leite, e o delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, acompanharam a reconstituição da morte da estudante.

Os policias da RONE (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) interditaram as ruas por onde Fernanda Lages teria passado com seu Fiat Uno de cor preta. Ela parou no sinal existente no cruzamento das avenidas Miguel Rosa e Frei Serafim, onde falou com uma pessoa.

De acordo com a reconstituição do crime, ao chegar ao local da obra do TRT, às 5h30, Fernanda Lages teria ficado alguns minutos escutando música no som do carro. No momento da reconstituição tocava Jason Mraz.

O trânsito na Av. João XXIII estava liberado para que se possa saber se alguma das câmeras de segurança das lojas de carro do outro lado da avenida eram capazes de registar a entrada de Fernanda no local do crime.

Ela teria encontrado no portão da obra aberto e ela mesma, aparentemente, o teria fechado. A situação de entrada foi repetida diversas vezes para se ver como seria a visão do vigia ao perceber a mão de Fernanda abrindo o portão.

Durante a reconstituição, policiais e delegados da Cico provaram que de onde o vigilante estava era possível identificar quem entrou na obra do TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Em seu depoimento o vigilante da obra do TRT, por onde Fernanda Lages entrou, Domingos Pereira da Silva, contou que não era possível identificar se quem tinha entrado era uma mulher, um homem ou travesti.

Durante a simulação também foi constatado que na entrada de Fernanda Lages ela recebeu um telefonema, porque a policial da Rone Joselane (que representa Fernanda na simulação) atende telefone celular no decorrer da simulação.

“Vigilante Domingos viu quem entrou no prédio do TRT na hora da morte de Fernanda Lages”, declarou o delegado Paulo Nogueira. Paulo Nogueira afirmou que o vigilante do TRT, Domingos Pereira da Silva, viu as pessoas que entraram no prédio antes e na hora da morte de Fernanda Lages. “Ele viu tudo direitinho, não se têm mais dúvidas”, afirmou Paulo Nogueira.

Nesta reconstituição não foi jogado boneco que representaria Fernanda Lages no momento da queda. O que estava sendo analisado era a visão das pessoas que estavam no prédio durante o ocorrido. Os trabalhos encerram por volta das 7:30h da manhã. Tão logo chegue o resultadodos exames realizados na Paraíba, previsto para hoje (29), as informações obtidas na reconstituição serão somadas e comparadas aos exames, o que finalmente poderá apontar o culpado ou culpados pela Morte da estudante.

Fonte: meio.norte com edição de Valdênia Santos

Fotos: José Alves Filho