A Petrobras anunciou uma redução de 5,6% no preço da gasolina vendida às distribuidoras. A queda começa a valer nesta terça-feira (4), com o valor médio passando para R$ 2,85 por litro — uma diminuição de R$ 0,17.

Apesar da queda nas refinarias, o impacto no bolso do consumidor final pode variar. Isso porque o valor na bomba também leva em conta o lucro das distribuidoras, impostos estaduais e margens de revenda.

Após o anúncio, economistas já começaram a revisar para baixo as projeções de inflação para junho. Isso porque a gasolina tem peso significativo no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para medir a inflação oficial do país. A estimativa é que a redução contribua com um recuo de até 0,10 ponto percentual no índice deste mês.

Mesmo com o aumento nas tarifas de energia elétrica — a bandeira vermelha está em vigor desde o início de junho —, o recuo nos preços dos combustíveis pode gerar um efeito de equilíbrio sobre a inflação e aliviar pressões sobre a taxa de juros.

Na semana passada, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, já havia sinalizado que, com a queda do preço internacional do petróleo, haveria espaço para reduzir os valores dos combustíveis. Em maio, o preço do diesel já havia sido cortado em 4,66%, o terceiro reajuste do tipo no ano.

De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem entre o preço da gasolina no Brasil e no mercado internacional está atualmente em cerca de 2%.