Acabou a curiosidade. Faltando 52 dias para o início da Olimpíada Rio, as medalhas de ouro, prata e bronze dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016 foram reveladas em cerimônia realizada nesta terça-feira, na Arena do Futuro, casa do handebol no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O Comitê Organizador ainda mostrou como será todo o procedimento das cerimônias de premiação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e também as medalhas da Paralimpíada.
A Olimpíada do Rio terá as medalhas mais pesadas da história: 500g. Em Londres 2012, elas tiveram 400g. A de ouro tem 494g de prata (metal) com 92,5% de pureza e 6g de ouro, com 99,9% de pureza. A de prata tem 500g de prata. A de bronze, com 40% de cobre reutilizado da própria Casa da Moeda, tem 475g de cobre (97%) e 25g de zinco (3%). Elas seguem praticamente o mesmo processo de produção. Mais de 30% da prata e do bronze usados pela Casa da Moeda são reciclados. O ouro, levando em conta a preocupação orgânica e com o meio-ambiente, é totalmente isento de mercúrio. As fitas da medalhas são feitas com quase 50% de fios de garrafas PET recicladas também.
As medalhas paralímpicas ainda contam com guizos pela primeira vez na história. Elas emitem sons diferentes para as medalhas de ouro, prata e bronze, trazendo uma experiência sensorial para os vencedores da Paralimpíada. A de ouro terá o som mais forte, a de prata intermediário e o bronze ainda mais fraco.
– Vendo essas lindas medalhas, com certeza os atletas pensam nos seus sonhos olímpicos e em torná-los realidade. O slogan é “um mundo novo”. E eu gostaria de agradecer ao Rio 2016 por isso. É isso que o COI espera das Olimpíadas e do esporte. Esses Jogos terão um Rio de Janeiro antes dos Jogos e um Rio melhor e novo depois dos Jogos. Esse futuro melhor para o Rio e para o Brasil é para vocês, para as crianças, para os jovens cariocas e para a juventude. Esperamos que a gente consiga contribuir com isso. Vejo vocês em 52 dias na abertura do primeiro Jogos na América do Sul. Boa sorte, Brasil. Vejo vocês em breve – disse o presidente do COI, Thomas Bach.
Foram produzidas 5.130 medalhas de premiação, sendo 2.488 olímpicas e 2.642 paralímpicas. As medalhas são ligeiramente abauladas, com o centro um pouco mais alto. Nas bordas existe uma gravação com o naipe e a modalidade, identificando cada medalha e modalidade em questão. As medalhas olímpicas mantiveram o padrão dos últimos Jogos, com a deusa da vitória, Nike, no centro do estádio de Panathinaikos, na Grécia. No outro verso, uma coroa de louros gigante rodeia a logo da Rio 2016. A paralímpica é diferente, com a logo dos Jogos Paralímpicos de um lado e no outro inscrições em braille.
Pela primeira vez na história dos Jogos a natureza aparece no pódio olímpico e paralímpico, para contemplação dos atletas. Cada medalhista também receberá uma escultura da logomarca Rio 2016. Nos Jogos Paralímpicos eles serão presenteados com uma versão única do mascote Tom, com cabelos em três cores. O figurino dos responsáveis por entregar a medalhas, tratado como “tradicional, popular e descolado” é assinado pela estilista carioca Andreia Marques.
O evento contou com a participação do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, do presidente do Comitê Paralímpico Brasilieor (CPB), Andrew Parsons, do ministro do esporte, Leonardo Picciani, e da presidente da comissão de coordenação do COI para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Nawal El Moutawakel. Ex-atletas, entre eles a medalhista de prata em Atlanta 1996 e bronze em Sydney 2000, Janeth, do basquete, estiveram presentes.
Crianças de escolas públicas e de projetos sociais do Rio de Janeiro foram convidadas pela organização e tomaram parte das arquibancadas da Arena do Futuro. Mário Andrada, do CoRio, chamou essas crianças de “o futuro olímpico” durante a abertura do evento na Arena do Futuro.
Pela primeira vez na história dos Jogos a natureza aparece no pódio olímpico e paralímpico, para contemplação dos atletas. Cada medalhista também receberá uma escultura da logomarca Rio 2016. Nos Jogos Paralímpicos eles serão presenteados com uma versão única do mascote Tom, com cabelos em três cores. O figurino dos responsáveis por entregar a medalhas, tratado como “tradicional, popular e descolado” é assinado pela estilista carioca Andreia Marques.
Em 1896, nos primeiros Jogos da Era Moderna, em Atenas, os vencedores eram coroados com uma oliveira e recebiam uma medalha de prata. Em 1904, em St Louis, pela primeira vez foram concedidas medalhas de ouro, prata e bronze para o primeiro, segundo e terceiro lugares. Desde 1928, as medalhas olímpicas são padronizadas. Em um dos versos havia uma deusa da vitória e do outro lado a identidade visual da Olimpíada em questão. Em Atenas 2004, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou pedido do Comitê Organizador Local para uma atualização na versão da deusa da vitória e do estádio olímpico. Em Roma 1960, os vencedores passaram a receber as medalhas nos pescoços. E nas edições subsequentes, fitas coloridas passaram a ser usadas.
Na edição anterior ao Rio 2016, a medalha olímpica trazia a deusa da vitória no centro da imagem, como se voasse em direção ao estádio olímpico Panathinaikos, acompanhada de uma inscrição da Olimpíada de Londres. Do outro lado, um emblema dos Jogos de 2012 ficava no centro. O projeto também tinha a fita colorida representando o Rio Tâmisa, Londres e riscos que representavam o esforço dos atletas olímpicos. A composição da medalha de ouro tinha 1,34% de ouro, 92,5% de prata e o restante de cobre e 85mm de diâmetro.
Desde 2004, é obrigatório que a medalha olímpica tenha a deusa Nike, que representa a vitória, no verso. Para a Rio 2016, ela foi modelada a mão por artistas da Casa da Moeda do Brasil e depois escaneada. Depois, a imagem foi digitalizada e ganhou seus último contornos.
Fonte: Globo Esporte