Como já havia sido campeão no primeiro turno, o River Atlético Clube só precisava de um empate com o Flamengo-PI na decisão da segunda volta do campeonato para chegar ao 29º título de Campeão Piauiense da história do clube. E foi dessa forma que o Galo chegou lá. Depois de ver o Fla-PI sair na frente no começo da partida, o time tricolor igualou o marcador ainda no primeiro tempo, e ainda precisou lidar com a desvantagem numérica na maior parte do duelo no estádio Albertão, na tarde e noite deste domingo (31). Um título conquistado de forma antecipada na base da raça, confirmando um favoritismo que o Galo carregava desde o começo da competição.
Precisando de gols para tentar levar a decisão do campeonato para mais dois jogos, o Flamengo-PI buscou se lançar ao ataque logo no primeiro minuto do jogo. Roberto Jacaré finalizou com perigo na cara do gol, para a defesa de Naylson. O gol da Raposa saiu em um momento em que o River já controlava as ações de ataque. Mimi fez jogada pela direita e cruzou para a área. O zagueiro Paulo Ricardo aproveitou bobeada da zaga riverina e apareceu sem marcação para cabecear no contrapé do goleiro Naylson, na marca dos dez minutos do primeiro tempo. 1 a 0 e festa rubro negra.
Mas o River não se abateu diante do gol. Lançou-se ao ataque, e chegou ao empate aos 32 minutos. Em jogada na entrada da área, o atacante Fabinho recebeu forte marcação, mas conseguiu rolar a bola para Eduardo, que bateu com muita categoria de perna direita para o fundo das redes. 1 a 1. Era o empate do Galo, o gol do título, e o sexto do atacante na competição – empatando com Lekão, do Parnahyba.
A alegria, no entanto, logo virou motivo de preocupação. Ao comemorar o gol, Eduardo levantou a camisa, e levou o segundo cartão amarelo (o primeiro havia sido mostrado minutos antes, em um bate boca com jogadores do Flamengo). Com isso, o Galo perdeu sua referência no ataque e entrou em desvantagem numérica.
Na saída para o intervalo, o volante Amarildo (um dos destaques da equipe na temporada), disse que o time riverino ia ter que correr o dobro, diante da situação desfavorável de ter um jogador a menos. E assim o Galo fez. Flávio decidiu não mexer no time no intervalo, e o River seguiu melhor que o Flamengo, que via o artilheiro Augusto ter uma tarde apagada no Albertão.
O Fla-PI até subiu de produção no segundo tempo, mas não o suficiente para superar a bem postada zaga tricolor. O River, mostrando melhor preparo físico, continuava aparecendo bem no ataque. Primeiro com Fabinho, que logo aos três minutos obrigou Fábio a fazer boa defesa mandando a bola para escanteio. Depois o Fla-PI respondeu com Zuza, que tentou surpreender Naylson com uma tentativa por cobertura depois de boa jogada de Augusto. E o Galo chegou novamente com muito perigo com Rafinha, que apareceu pela esquerda com muita liberdade para carimbar o travessão da meta do goleiro Fábio.
Depois de perder Zuza por lesão (Leylon foi para a lateral direita), Jorge Pinheiro tentou dar mais ânimo ao Fla com a entrada de Sadrak (na vaga de Moré) e depois de Naylan no lugar de Roberto Jacaré, mas a Raposa continuou sem forças para fazer frente à superioridade do Galo. No fim do tempo normal o Flamengo chegou a pressionar, mas a igualdade permaneceu no marcador, e o jogo foi para a prorrogação.
No tempo prorrogado, restou ao River recuar o time e administrar o resultado na base da superação. Flávio Araújo ainda mandou Raphael Freitas para a vaga de Fabinho, quando a torcida já soltava o grito de campeão. Final: River 1 x 1 Flamengo-PI. Festa da torcida riverina. Com o resultado, o River, que já estava confirmado na Copa do Nordeste 2016 pela conquista do primeiro turno, carimba mais uma vez o passaporte para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D, garantindo também o direito de disputar a Copa do Brasil. Como vice campeão estadual, o Flamengo-PI também está no Nordestão do ano que vem.
Fonte: Meio Norte