Tempero é o que não falta à família de Rodrigo Hilbert. Ele e a mulher, a apresentadora Fernanda Lima, estão sempre acrescentando à rotina com os três filhos – João, Francisco e Maria – doses generosas de amor, cuidado e aprendizado e várias pitadas de criatividade. Foi essa receita que eles experimentaram durante a quarentena de quase seis meses em seu sítio em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

 

– Sempre vivi numa quarentena com a Fernanda. Somos bem caseiros. Se tiver motivo para ficar dentro de casa, já agradecemos. E no sítio tem quintal, espaço para caminhar, jardim… Poucos tiveram esse privilégio. Os meninos (os gêmeos têm de 12 anos) estavam fazendo tudo da escola remotamente. Aí queriam jogar videogame. Eu falei: “Não, vamos inventar uma casinha (de madeira)”. Eles fizeram o desenho, pensaram no formato. No começo, falavam: “Não vai dar certo, não vai ficar bom”. Quando viram que estava legal, começaram a tomar gosto. E a Fernanda ajudou a pintar. Também arrumamos uma vala do córrego que estava entupida e construímos uma ponte de madeira sobre ele. Os meninos botaram a mão na terra, sentiram essa energia. Fui criado assim, acho importante dar essa oportunidade aos dois, dentro do nosso privilégio – explica o apresentador, que já está de volta a São Paulo, onde a família vive há um ano e meio.

 

O mesmo sítio que foi palco do estreitamento dos laços entre pais e filhos serviu também de cenário para a atual temporada do “Tempero de família“, que Rodrigo apresenta no GNT. Foi um trabalho feito a várias mãos. Antonio Amancio, empresário e amigo do casal, fez roteiros e ajudou na direção. Fernanda cuidou da parte visual:

 

– Não vou falar que a gente não sofreu, porque sofreu muito. Foi nesse programa que vi o quão importante é cada pessoa da equipe. E desta vez não tivemos convidados. As chamadas de vídeo foram legais, mas gosto tanto de estar com as pessoas que foi meio frustrante ao mesmo tempo.

 

Já estão confirmadas duas novas temporadas para o ano que vem. A primeira delas será gravada já a partir desta semana:

 

– Vai ser uma temporada ferro e fogo, quando vou para a oficina e faço minhas peças. Vamos dar dicas de utensílios, coisas para fazer você mesmo, como uma prateleira para reorganizar a cozinha. Nada muito elaborado como da primeira vez que fizemos. Usamos muita solda, a pessoa tinha que ser profissional.

 

Para gravar esses episódios inéditos do programa, Hilbert precisará viajar novamente de São Paulo para o Rio:

 

– Vai ser difícil ficar longe da pequena (Maria está com 1 ano). Estou apaixonado, ela é muito fofa.

 

A ideia de viver em São Paulo depois de um período nos EUA partiu de Fernanda. Além do fato de a mãe e o irmão da apresentadora morarem perto, alguns negócios dela, como o restaurante Maní, estão lá:

 

– Ela me perguntou: “O que você acha?”. Eu respondi: “Estou contigo, aonde quiser ir a gente vai”. E já estamos há um ano e meio. Desse tempo, passamos quase seis meses no sítio. Falei para ela: “Melhor eu sair da roça logo porque daqui a pouco crio raízes e não saio mais” (risos).

 

As raízes de Rodrigo, aliás, estão cada vez mais profundas no que diz respeito ao casamento com Fernanda. O relacionamento já dura 18 anos:

 

– Eu a conheci em 2002. Conto desde o primeiro dia. Porque eu entendi que era a mulher da minha vida. Até antes disso já sabia que era. E nunca conto a separação (cerca de 4 anos depois do início do relacionamento). Passamos um ano e meio ou dois separados. Nesse período, minha cabeça estava com ela e a dela, comigo. Lembro até hoje que ela ficava passeando na frente da minha casa e eu, na casa dela. Era uma coisa absurda. Mas tínhamos que botar tudo à prova. Eu nem sei por que a gente se separou. Mas foi necessário para a nossa história.

 

Ele ainda lembra, cheio de alegria, como tudo começou:

 

– O Antonio Amancio tentou de todas as formas um encontro. Não conseguia porque ela morava em São Paulo e eu, no Rio. Aí ele inventou que eu tinha que entregar umas fitas VHS na casa da Fernanda. No dia, eu tinha marcado um futebol com os amigos no Ibirapuera. Passei na casa dela voado, deixei as fitas. Ela apareceu na porta e disse: “Peraí”. Demos dois beijinhos. Pensei: “Acho que ela não quer que eu vá embora”. Pintou um clima. Mas aí eu disse que tinha jogo e falei: “Até a próxima”. E não nos vimos mais. Então, ela foi para o Rio, para o aniversário do Antonio. Era na praia, um luau. A gente sentou numa rodinha, começou a bater papo, tomar um drinque. Até que dei uma laçada com o pé direito nela. Ela conta até hoje: “Depois que me puxou pelo pé, nunca mais largo esse homem”.

 

Rodrigo Hilbert (Foto: Reprodução)Rodrigo Hilbert (Foto: Reprodução)

Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima (Foto: Reprodução)Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima (Foto: Reprodução)

Fonte: Kogut