1_2018_06_17-7054951Depois de tantos casos de assédio e petição criada pela jurista russa Alyona Popova para punir os brasileiros que assediaram uma mulher durante a Copa do Mundo, o Ministério do Interior da Rússia abriu um inquérito para investigar o caso.

A polícia de Moscou enviou uma carta formal para a jurista confirmando que a dariam início a investigação, pouco antes do prazo estabelecido por ela, que cobrava uma resposta em um mês. Por conta da repercussão negativa, o processo foi antecipado e a investigação teve início dez dias após o pedido de Popova.

Com a denúncia feita por Alyona, um símbolo na Rússia por ser a maior ativista na luta das mulheres, os homens podem ser responsabilizados por alguns crimes previstos na legislação do país. A petição diz:

“Os cidadãos estrangeiros no vídeo podem ser responsabilizados por cometer um delito nos termos da Parte 1 do art. 5.61 do Código de Ofensas Administrativas (insulto, isto é, honra e dignidade de outra pessoa (…) implica a imposição de uma multa administrativa aos cidadãos de mil a três mil rublos), ou processado sob Parte 1 do art. 20.1 do Código Administrativo (vandalismo), isto é, a violência da ordem pública, expressando desrespeito claro para a sociedade, acompanhados por linguagem ofensiva em locais públicos, abuso sexual ofensivo para os cidadãos”.

Mesmo com a denúncia, algumas pessoas tentaram minimizar os casos de assédio. Um deles foi o CEO da Copa do Mundo, Alexey Sorokin, dizendo que não tinha conhecimento dos casos e que não acredita que seja um problema enorme, por não ter acontecido tanto. Mas em seguida, ele tentou mudar um pouco sua declaração: “Cortesia é uma conduta básica. Em caso de condutas criminais, tomaremos medidas de acordo com as autoridades. Se quebrar as regras da lei, vão responder por isso”.

O Ministro de Turismo do Brasil, Vinicius Lummertz, também deu declarações sobre o caso, classificando-o como “bobagens de pessoas abobadas que estão passando vergonha”. Ele também disse que o brasileiro devia se preocupar com outras coisas, como o índice de assassinato que ocorre no Brasil. Lembrando que, segundo um estudo realizado no ano passado, nosso país tem uma média 12 assassinatos de mulheres e 135 estupros por dia.

Fonte: ESPN