A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) reforça o alerta do Ministério da Saúde e redobra a atenção para o combate à dengue, porque começou o período de formação dos focos do Aedes aegypti por conta das chuvas. Os municípios devem se preocupar mais ainda com a limpeza pública para não deixar aparecer criadouros do mosquito; a população deve limpar seus ambientes domiciliares e de trabalho e quem sentir algum sintoma da doença deve procurar o médico para fazer o exame confirmatório.
O Ministério da Saúde alertou que, a partir de março de 2020, pode ter um surto de dengue em todos os estados do Nordeste, além do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, o alerta do ministério é baseado em dados concretos porque nesses estados os números da doença aumentam nos meses de abril, maio e junho. Do ano de 2018 para 2019, os casos de dengue no Piauí aumentaram mais de 300%.
“Não podemos relaxar em relação à limpeza e ao cuidado com água parada. As pesquisas apontam que mais de 80% dos criadouros do mosquito ocorrem em ambientes domiciliares. Até uma tampa de garrafa pode ser um foco da doença. Quem souber de algum foco, comunique às autoridades de saúde. Quando alguém joga lixo na rua está contribuindo para adoecer a si e aos outros. Como a dengue não escolhe classe social, é uma preocupação de todos”, alerta Amélia.
Segundo a coordenadora, o Ministério da Saúde acompanha os boletins de todos os estados e tem conhecimento de quais os municípios com maior incidência da doença. Aqui no Piauí, as cidades de Simplício Mendes e Alvorada do Gurguéia preocupam pela alta incidência de casos de dengue. “ Vamos cuidar de todos os municípios, mas precisamos da colaboração de todos os moradores para se protegerem e eliminarem os focos do mosquito”, diz Costa.
O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, esclarece que as autoridades de saúde estão atentas aos altos índices de infestação do mosquito. Mas faz um apelo à população. “Queremos chamar a atenção para a importância da conscientização de não ter o Aedes aegypti em nossas casas. São ações simples de cada morador do estado que podem eliminar o mosquito e livrar nossas cidades dessa doença”, enfatiza o gestor.
Fonte: CCOM