A seca parcial que atingiu riachos e barreiros em 13 municípios do Piauí causou impactos diretos na produção agrícola local. Entre os municípios afetados estão Luís Correia, Cajueiro da Praia, Cocal, entre outros, que relataram perdas significativas na safra inicial e um desenvolvimento abaixo do esperado nas plantações, devido à irregularidade das chuvas.

O fenômeno, conhecido como “seca verde”, comprometeu principalmente as primeiras safras de milho, mandioca e feijão, que já apresentaram perdas evidentes. A seca verde é caracterizada pela vegetação esverdeada, mas com a produção não se desenvolvendo como esperado, o que gerou prejuízos para pequenos agricultores, que perderam suas primeiras colheitas.

Apesar das pancadas de chuva que ocorreram no estado nos últimos dias, elas não foram suficientes para garantir o adequado desenvolvimento das plantações nem para proporcionar o nível necessário de cheia dos riachos, agravando ainda mais a situação.

No início de fevereiro de 2025, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh), em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), realizaram uma operação de manutenção da rede pluviométrica estadual. A ação, que cobriu quase 2.000 quilômetros e envolveu 13 municípios, teve como objetivo garantir o bom funcionamento dos pluviômetros, fundamentais para o monitoramento das condições climáticas e hídricas.

O Piauí participa do Monitor de Secas do Brasil desde 2014 e conta atualmente com 111 pontos de coleta de dados equipados com pluviômetros automáticos e convencionais. Para ampliar o monitoramento no estado, a Semarh planeja expandir a rede para mais 10 municípios no primeiro semestre de 2025, visando maior precisão nas previsões e na gestão dos recursos hídricos estaduais.

Ouça as informações, da climatologista Sara Cardoso, sobre o assunto: