A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) investiga se as duas mortes registradas na última semana em cidades da região Norte do estado foram em decorrência de dengue hemorrágica. Caso haja confirmação, subirá para três o número de óbitos registrados. De acordo com a coordenadora estadual de epidemiologia Amélia Costa, os casos aconteceram nas cidades de Porto e Cocal de Telha, mas descartou a possibilidade de surto na região apesar dos altos índices da doença. A morte que já havia sido confirmada aconteceu em maio na capital.
“Apesar de Porto registrar o seu primeiro caso de dengue de 2014, o número de ocorrências tem sido reincidente em Cocal de Telha. Dados do boletim epidemiológico mostram que a cidade já atingiu 50 casos somente este ano, ocupando a sexta posição com maior incidência do estado. Identificamos também que a maioria das notificações estão relacionadas com água parada e pneus acumulados”, relatou Amélia.
Outra cidade do Norte que apresentou aumento no número de casos foi Barras, com 134 notificações. Barras ocupa o terceiro lugar entre os municípios que possuem maior número da doença. Ainda segundo o boletim da Coordenação Estadual de Epidemiologia do Piauí, Teresina continua entre as cidades que mais registram casos com 1.518, seguida de Picos (623) e Esperantina (198).
Para a coordenadora de epidemiologia, das 140 cidades que realizam a correta notificação da doença, 19 municípios estão com incidência acima do esperado, devendo, portanto, intensificar os trabalhos de prevenção e tratamento.
São 4.157 casos em 2014, contra 3.805 registrados em 2013, o que corresponde 9,3% de aumento em relação ao mesmo período no ano passado. Estamos monitorando estes dados e todas as prefeituras estão sendo alertadas para que realizem campanhas e multirões de combate à dengue”, destacou.
Para impedir a contaminação por parte do mosquito é preciso evitar o acúmulo de água em embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, sacos plásticos, lixeiras, entre outros recipientes.
Fonte: G1.globo.com