A pandemia do novo coronavírus provocou mudanças em toda a rede estadual de ensino, incluindo os alunos da Educação Especial. Se antes os estudantes aprendiam na sala de aula, agora usam a criatividade e o suporte de ferramentas tecnológicas para estudar com acompanhamento dos docentes.
Cada aluno da educação especial tem uma necessidade específica. Com o isolamento social, a Seduc montou um plano estratégico para atender esse público. Uma das estratégias foi o docente de cada área do conhecimento selecionar os conteúdos e as competências que devem ser desenvolvidas pelo estudante, o professor analisa se é necessário fazer adaptações, além de planejar outros recursos e materiais para que o estudante possa compreender o conceito lecionado e concluir a atividade. Em muitas situações, o professor elabora um passo a passo para auxiliar o estudante a resolver a atividade e, em conjunto com os familiares, avalia se o aluno compreendeu ou não a atividade proposta.
A comunicação entre pais e professores é ainda mais importante neste período de atividades não presenciais. A orientação é que os pais relatem semanalmente as facilidades na execução, eventuais dificuldades e dúvidas do estudante para que o professor identifique as melhores formas de aprendizagem e defina as estratégias mais adequadas para o aluno nas atividades seguintes.
A gerente de Educação Especial da Seduc, Eleonora Sá, destaca que a preocupação, carinho e zelo dos professores é muito importante para que o aluno siga aprendendo mesmo fora da sala de aula. Outro ponto positivo é o interesse dos professores e pais em aprender as ferramentas tecnológicas e demais recursos disponibilizadas pelos escolas, os quais facilitam o ensino ao aluno durante as atividades não presenciais. “É gratificante ver a dedicação e a entrega ainda maior nesse período por parte de todos os envolvidos, tanto do aluno, quanto dos pais e professores. Esse esforço nos motiva para seguirmos fazendo também o nosso melhor para atender os alunos e professores da Educação Especial”, ressalta.
Orientações específicas para alunos com deficiência visual e auditiva
As orientações da Seduc também consideram estratégias para que os alunos com deficiência auditiva possam receber as atividades de forma acessível e consigam resolvê-las com autonomia. Para esses estudantes, os professores têm priorizado a gravação e envio de vídeos em Libras, levando em conta que recursos visuais facilitam o processo de aprendizagem desse grupo.
Para gravar esse material, os profissionais de apoio que são os intérpretes de Libras, solicitam com antecedência o planejamento de atividades dos professores para conseguir traduzir ou adaptá-las para os alunos, seguindo os padrões de gravação de vídeos em Libras. “Procuramos sempre em todas as estratégias possíveis fazer com que nossos alunos, todos eles, se sintam incluídos no espaço escolar. Não temos medido esforços para que isso também aconteça com as aulas não presenciais. Nesta época de pandemia, o olhar é ainda mais ampliado, tendo todo o cuidado em atender a individualidade de cada aluno”, salienta a diretora da Educação Especial, Eleonora Sá.
Fonte: CCom