O Mobieduca.Me é um sistema que dispara uma mensagem SMS contendo o registro da vida do aluno para os pais.(Foto:João Pio)
O Mobieduca.Me é um sistema que dispara uma mensagem SMS contendo o registro da vida do aluno para os pais. (Foto:João Pio)

O mecanismo de monitoramento por meio do Mobieduca.Me agiliza o trabalho da Seduc, das GREs e das escolas.

Na manhã desta quarta-feira (4), a diretoria da Unidade de Gestão e Inspeção Escolar (Ugie) da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) se reuniu com a equipe do Mobieduca.Me para definir a nova forma de monitoramento das escolas que tiveram adesão total à greve e, ainda, o instrumental diferenciado para os professores grevistas lotados em escolas com adesão parcial.

Segundo a diretora da Ugie, Ana Rejane, cada escola teve um nível de adesão ao movimento grevista. Das 660 escolas da rede estadual de ensino, 52% não grevaram e vão seguir o calendário padrão que foi divulgado no início do ano junto com o edital de matrícula. Já, as escolas que aderiram ao movimento grevista, de modo total ou parcial, terão que fazer a adequação do calendário letivo acrescentando os dias de reposição.

“Essa reunião tem o objetivo de facilitar o trabalho de monitoramento. Por meio de um link, dentro do sistema do Mobieduca.Me, será disponibilizado o calendário destinado às escolas que participaram do movimento grevista para que sejam acrescentadas as datas de reposição. Ao mesmo tempo, vamos disponibilizar os formulários que essas escolas terão que preencher e que a Gerência Regional de Educação (GRE) e a Seduc vão utilizar para monitorar o cumprimento dos 200 dias letivos”, afirma a diretora Ana Rejane.

Nessa fase pós-greve, a palavra monitoramento é essencial para a Seduc, que estabelece um trabalho de parceria com os gerentes regionais e os gestores escolares para garantir escola de qualidade, cumprindo os dispositivos legais que tratam dos dias letivos e das horas/aulas dadas. A equipe de inspeção da Seduc já recebeu os calendários pós-greve das escolas e está verificando a consistência da reposição dos dias paralisados, o último passo será a devolutiva contendo o aval ou a necessidade de reordenamento do material apresentado.

O mecanismo de monitoramento por meio do Mobieduca.Me agiliza o trabalho da Seduc, das GREs e das escolas, e facilita a fiscalização dos órgão externos como o próprio Conselho Estadual de Educação e o Ministério Público do Piauí, que acompanham o cumprimento do calendário escolar.

“Quanto às escolas que tiveram adesão parcial à greve, o monitoramento será voltado a cada professor grevista. A escola vai receber uma ficha instrumental diferenciada que deverá ser preenchida com as atividades e dias letivos cumpridos pelo docente”, ressaltou Luíza Solano, coordenadora de ensino da Ugie.

A meta da Seduc é que, em cada décimo dia letivo do mês posterior, a Ugie tenha o balanço de cumprimento do mês anterior e, se houver necessidade, será feita a correção dentro do ano. Nesse trabalho de monitoramento, ainda serão utilizados os diários de classe, por conterem o passo a passo das aulas e de todas as atividades pedagógicas desenvolvidas, e os livros de frequência.

Parceria Seduc e Mobieduca.Me

“Na perspectiva de agregar mais parceiros, temos conseguido combater a evasão escolar e envolver os pais”, essa é a primeira fala de Ana Rejane, diretora da Ugie, ao ser indagada quanto à avaliação do sistema Mobieduca.Me, desde que foi implantado nas escolas da rede estadual de ensino.

O Mobieduca.Me é um sistema que dispara uma mensagem SMS contendo o registro da vida do aluno para os pais, que ficam cientes de tudo que acontece com seus filhos. Eles sabem se o aluno ficou na escola, se teve ocorrência de violência ou algum tipo de comportamento inadequado.

“Antigamente, os pais eram chamados na escola apenas para receber a reclamação e dizer que o filho estava em recuperação ou reprovado. Hoje, os pais são convidados a participar do dia a dia e a ajudar a escola nesse processo educativo. É preciso agregar todos os atores para garantir que os alunos, no interior da escola, estejam realmente em situação de aprendizagem e estejam em um ambiente protegido em que a família saiba que pode deixar seu filho ali, pois ele estará em boas mãos”, destacou Ana Rejane.

Fonte: Ccom