Sem público, sem arte, sem dinheiro e em condições precárias. O circo acabou sendo castigado com a pandemia. A vida circense é um desafio ao Amado Roberto, de 62 anos de idade, e desde 1982 vive no picadeiro. Seu circo de estrutura simplória sofre o agravamento da pandemia que torna a presença do público ainda distante. O circo fica no Bairro Bebedouro, na antiga Rua das Flores.

 

Roberto relatou que já foi dono de um circo mais estruturado, maior, que foi destruído, foi consumido pelas chamas do fogo, chamando atenção da mídia da capital não pela arte, mas pela tragédia. Roberto referencia as dificuldades fomentadas pela pandemia e apela a sensibilidade das pessoas que possam ajudar.

 

Ainda sem recursos financeiros, as condições de estalagem e subsistência expressam a necessidade urgente de acolhimento vivido pelo casal Diana Silva e Amado Roberto, que chegaram em Parnaíba quando a pandemia exigiu recolhimento e contenção de gastos. Sem público, sem recursos, sem conforto, o carro sem bateria, a bilheteria ainda contabiliza despesas.

 

O gosto pelo riso e pelo encantamento do público haverá de sobreviver ao coronavírus e suas imposições por uma sociedade mais educada e humanitária. Em seu circo, Amado Roberto continua com o movimento de sua arte e canta o alerta frente aso desafios da pandemia.