O período mais quente do ano começou e o piauiense já sente os efeitos das altas temperaturas e da baixa umidade relativa do ar típicas deste período. Os últimos quatro meses do ano (setembro, outubro, novembro e dezembro) conhecido como B-R-O-Bró, ocorre devido a um bloqueio atmosférico que faz com que uma massa de ar seca permaneça por muito mais tempo sobre a parte central do país, que inclui também o Piauí, fazendo com que se apresentem neste período do ano altas temperaturas e baixa umidade.
De acordo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR, como choveu abaixo do esperado no período chuvoso, compreendido entre outubro e março, a umidade agora está muito baixa e a tendência é piorar, porque as reservas de água na superfície estão baixas. “A previsão para os próximos dias é de muito calor e assim deverá ser até o final do ano”, afirma Sônia Ribeiro, Gerente de Hidrometeorologia da SEMAR.
Sônia Feitosa enfatiza que o ideal é que a umidade relativa do ar esteja entre 50% e 60%. Em Teresina, o índice é preocupante, considerando que no último dia 30 de agosto, chegou a pouco mais de 20%. Na última segunda-feira (02 de setembro), chegou a 17%, o que aumentou ainda mais a sensação de calor, principalmente entre 13h e 16h.
No início deste mês já foi registrado em Teresina 39º graus, quando a média nesta época do ano fica entre 35° e 37°. Em novembro de 2010, os termômetros marcaram 42° na capital e os moradores de Bom Jesus já tiveram que suportar até 44,7°. Não é improvável que neste período cidades como Floriano, Picos, Teresina e Bom Jesus registrem picos de temperatura acima de 40°.
Além da baixa umidade relativa do ar, os raios ultravioleta do tipo C, incidem com muito mais intensidade nestes meses, pois o céu está praticamente sem nuvens, principalmente entre 11hs e 13hs, chegando a 13, quando o índice máximo é 16.
Com relação às chuvas, a meteorologista garante que a previsão é que elas se iniciem no fim do mês de outubro, especialmente na região Sul do Piauí. Isso se o fenômeno El Niño ( fenômeno climático provocado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico) não interfira, prejudicando a estação chuvosa no nordeste, principalmente no sertão.
Fonte: Ascom