Os servidores de alguns órgãos da saúde no Piauí iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (18). A paralisação das atividades ocorre no Laboratório Central do Piauí (Lacen), no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) e gradualmente no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A categoria cobra principalmente o fornecimento de quentinhas e do vale refeição, que segundo os servidores está atrasado há seis meses. Com a greve, vários serviços desempenhados pelas categorias vão deixar de serem realizados. No Hemopi, as coletas e os serviços de transplante ficarão suspensos, enquanto no Lacen alguns exames deixarão de ser realizados.
De acordo com Edna Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Piauí, além da alimentação, a categoria também cobra outros pleitos na pauta de reivindicação.
“Além disso, nós cobramos também a questão da estrutura do trabalho que não temos. São péssimas condições em que estamos trabalhando e falta tudo. Quando tem água, não tem o sabão. Quando tem o sabão, não tem a água. Quando tem açúcar, falta o café. Até papel higiênico os servidores estão trazendo de casa”, falou.
Segundo a presidente, o governo iniciou um canal de negociação com a categoria na terça-feira (17) e apresentou uma proposta para os servidores. Apesar da mensagem, os trabalhadores entendem que ela não atende as demandas reivindicadas.
“O governou nos chamou para apresentar uma mensagem que ele teria enviado para a Assembleia. Mas é uma mensagem que ainda está no papel e nós não concordamos com o que estava lá. Eles querem apresentar só um ticket alimentação para os plantonistas e nós entendemos que tem que ser para todos os trabalhadores que trabalham em regime de oito horas”, disse.
Edna Martins destacou que os serviços não serão totalmente paralisados, mas destacou que alguns atendimentos só serão feitos dentro das condições de cada trabalhador.
Em resposta, o secretário de governo Merlong Solano disse que a mensagem a ser enviada a Assembleia será assinada ainda nesta quarta-feira pelo governador Wellington Dias. Segundo ele, a inciativa dará previsão legal à retomada do fornecimento de alimentação apenas para os trabalhadores que atuam em regime de plantão ou de dupla jornada.
Segundo ele, o governo pedirá regime de urgência na votação da matéria na Assembleia Legislativa.
Fonte: G1