Com a paralisação, vários serviços deixarão de ser realizados, e todas as audiências marcadas para os dias de greve serão suspensas (Foto: Reprodução)

Teve início, na última quinta-feira (06), a greve, por tempo indeterminado, dos servidores do Judiciário piauiense.

Com a paralisação, vários serviços deixarão de ser realizados, e todas as audiências marcadas para os dias de greve serão suspensas.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Piauí (SINDSJUS), Carlos Eugênio, garante que será mantido o percentual de 30% de servidores trabalhando, de acordo com o que é previsto por lei, mas esse efetivo deverá se ocupar apenas com atividades essenciais. Com isso, as outras deverão parar.

“Esses servidores realizarão trabalhos relacionados apenas a questões ligadas à saúde, sobrevivência e segurança.

Essas são atividades essenciais que não podem parar. Atividades como audiência, distribuição de processos, dentre outras, ficarão paralisadas, até porque os 30% de servidores que ficarão na ativa não dariam conta de tudo isso”, disse.

Os servidores reivindicam reajuste de 6% de reposição salarial, retroativa a janeiro de 2014, em contrapartida, a administração do TJ ofereceu reajuste de 4%.

A proposta foi rejeitada pela categoria durante assembleia geral. Além do reajuste, a categoria quer ainda encaminhamento de anteprojeto de lei para fixar jornada de trabalho dos servidores do judiciário piauiense em seis horas ininterruptas, ou o pagamento pela 7ª hora trabalhada.

Outra reivindicação é a melhoria estrutural dos fóruns do Piauí. Segundo o presidente do SINDJUS, eles não oferecem conforto nenhum para os servidores e nem para os usuários dos serviços.

A administração do TJ, no entanto, segundo o presidente do SINDSJUS, continua irredutível, mas os grevistas garantem que estão abertos a negociação.

“Desde que nós decidimos, no mês passado, que íamos iniciar nossa greve no dia 6 de março, ficamos esperando que as negociações avançassem, mas isso não aconteceu.

Antes disso, nós discutimos esse assunto com a administração do TJ, mas nenhuma proposta foi satisfatória. Mas ainda estamos abertos a uma conversa, para que possamos negociar as nossas reivindicações”, disse.

Fonte: Meio Norte por Pollyana Carvalho