A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) formou uma comissão especial, em parceria com o Conselho Federal de Farmácia, Conselho Regional de Farmácia e Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH), para tentar otimizar a compra dos medicamentos que estão em falta nos hospitais, devido a pandemia da Covid-19.
Os remédios que compõe o “kit intubação”, são utilizados nos pacientes que estão entubados nas Unidades de Terapia Intensiva, e como o consumo ficou acima do previsto para o ano, houve uma escassez no mercado brasileiro. Para tentar uma solução o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, propôs que a comissão trabalhe de forma integrada para buscar fornecedores tanto no mercado nacional como internacional.
“Estou desde o começo desse problema sendo muito transparente com a sociedade, sobre a dificuldades que nós estamos tendo para a compra desses medicamentos do “kit intubação”, utilizados nas UTI’s. O Estado do Piauí tem feito um grande esforço, com chamamentos públicos, requisição administrativa, articulação com o Conselho Nacional de Saúde, recebendo medicamentos do Ministério da Saúde, para que a gente possa manter os estoques dos nossos hospitais, mas agora estamos com uma estratégia mais agressiva, montando essa comissão para que possamos verificar todas as possibilidades de adquiri esses insumos, lembra o gestor.
A comissão especial vai trabalhar de forma integrada buscando alternativas de compras dentro do mercado brasileiro e viabilizando, se necessário, a importação desses medicamentos. “Infelizmente esses remédios estão em falta no mercado nacional e até internacional. Dessa forma, a comissão vai trabalhar monitorando onde há a possibilidade de compras das medicações e buscando uma forma de agilizar essa aquisição, para suprir a necessidade dos hospitais”, afirmou o representante do Conselho Federal de Farmácia, Ítalo Sávio.
Devido a pandemia da Covid-19, o consumo desses medicamentos programados para o ano de 2020 todo, foram utilizados em apenas dois meses, e as indústrias não dispunham de insumos para a fabricação em massa, o que acarretou esse desabastecimento do mercado. “Esse problema de falta de medicamentos, principalmente sedativos e bloqueadores musculares, estão diretamente ligados a alta de ocupação dos leitos de UTI devido a pandemia, e o consumo de um ano ocorreu em menos de dois meses. A gente já vinha prevendo e buscando soluções para esse problema, e com essa comissão vamos buscar exaustivas alternativas para atender essa demanda”, ressalta o superintendente de Gestão da Rede de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Alderico Tavares.
Fonte: Ascom Sesapi