O setor de serviços recuou 0,2% em março na comparação com fevereiro, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já na comparação com março do ano passado, a queda foi maior, de 0,8%.
No acumulado no 1º trimestre, o indicador de atividade de serviços caiu 1,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação com o 4º trimestre, houve queda de 0,9%, levando o setor de volta para o vermelho, após avanço de 0,5% no trimestre imediatamente anterior.
No acumulado em 12 meses, o índice está negativo desde junho de 2015 e encerrou março com recuo de 2%. Porém, o ritmo desta queda tem desacelerado desde abril de 2017, quando ficou em -5,1%.
Na análise por setores, houve queda em 3 das 5 atividades pesquisadas. O maior recuo foi verificado nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,8%), seguido pelos segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,8%) e outros serviços (-0,4%).
Por outro lado, tiveram alta os serviços de informação e comunicação (2,3%) e os serviços prestados às famílias (2,1%).
Apesar da recuperação em março, os serviços prestados às famílias ainda acumularam queda de 2,4% no 1º trimestre.
Recuperação lenta
O Brasil vem mostrando dificuldade em engatar um ritmo consistente de recuperação no início deste ano, mesmo em um ambiente de inflação e juros baixos, uma vez que o desemprego segue alto e limita o consumo num ano eleitoral carregado de incertezas.
Dados já divulgados pelo IBGE mostraram que a indústria e o comércio também perderam ritmo no 1º trimestre. As vendas do varejo cresceram 3,8% no acumulado no 1º trimestre, a quarta alta consecutiva, porém em um ritmo mais lento do que nos últimos três trimestres.
Já a produção da indústria brasileira caiu 0,1% em março frente a fevereiro, encerrando o primeiro trimestre estagnada, na comparação com o trimestre anterior.
Os economistas do mercado financeiro reduziram na última semana a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 2,70% para 2,51%, segundo pesquisa Focus do Banco Central.
Fonte: G1