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Cada vez mais presente nas decisões do futebol brasileiro, analisando jogadores que estariam jogando de maneira irregular nos campeonatos disputados pelo país, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) também não está imune a erros. A instituição se confundiu com os nomes parecidos de dirigentes do Centro Sportivo Paraibano (CSP) e puniu o presidente errado, gerando confusão entre clubes, jogadores e a Federação Paraibana de Futebol.

Em 2012, a Federação Paraibana de Futebol organizou a Copa da Paraíba, e o CSP foi o vencedor dentro de campo, tendo assim o direito de participar da Copa do Brasil do ano seguinte. Porém, a CBF não reconheceu a competição e deu a vaga ao Sousa Esporte Clube. A decisão da entidade máxima do futebol brasileiro revoltou Jozivaldo Alves dos Santos, que se apresenta como presidente do CSP. O problema é que o presidente, no papel, é Jozivaldo Severino Gomes, que atua, na verdade, como motorista do clube. O STJD, então, puniu o “Jozivaldo errado”, que nunca deu qualquer entrevista.

– Eu coordeno e agilizo as coisas. Por ter mais vivência no mundo da bola, faço praticamente tudo. Ele (Jozivaldo Severino Gomes) não vai às reuniões da Federação porque não é a parte dele. Ele não sabe, não entende disso, mas tem o entendimento de ajudar. Então, eu falei que sentia que tinham “forças ocultas” que poderiam ter tirado o direito que o CSP conquistou dentro do campo. Então, quando cheguei no tribunal, vi que o processo era contra o Jozivaldo “presidente”, não contra mim. Mas tinha sido dito por mim. Eles pegaram minha identidade na hora e ficaram um pouco confusos – disse o microempresário Jozivaldo Alves dos Santos.

Pouco depois do erro do STJD, que puniu o presidente do papel, mas que não deu nenhuma entrevista contra a CBF, o CSP contratou o jogador Jardson Sapé em 2013. E quem assinou a negociação foi Jozivaldo Alves dos Santos, com uma procuração do punido presidente Jozivaldo Severino Gomes. Entretanto, essa procuração só foi apresentada à Federação Paraibana de Futebol em 2014, quase um ano após a contratação do jogador.

– Não sei se quando muda a gestão algum documento se perdeu e o outro gestou que assumiu me pediu uma documentação posterior. Às vezes, você entrega para um e outro cara quer dar uma “geral” para ver como está, não tem tudo e pede novamente – afirmou Jozivaldo Alves dos Santos, o “mandatário” do CSP.

Sobre a condenação ao “presidente errado”, o STJD informou que: “O tribunal julga com provas produzidas pelas partes e que não procede a informação de que o condenado se tratava de outra pessoa”.

Fonte: Sportv