Em busca de recursos para tentar cumprir a nova meta fiscal do próximo ano, que deve subir de um déficit de R$ 129 bilhões para R$ 159,5 bilhões, o presidente Michel Temer está reunido com sua equipe econômica e ministros da área de infraestrutura para definir um novo conjunto de concessões e privatizações para engordar o caixa do Tesouro em 2018.
Na lista dos estudos está a concessão de Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP), além da venda da participação da Infraero em aeroportos que já estão sob concessão, como Guarulhos, Brasília e Viracopos.
A expectativa inicial de técnicos é que, só com as novas concessões no setor aeroportuário, seria possível levantar mais R$ 20 bilhões.
Esse recursos viriam da outorga – valor pago ao governo pelo direito de explorar uma estrutura pública. No mais recente leilão de aeroportos, realizado em março, os vencedores se comprometeram a pagar ao governo uma outorga total de R$ 3,73 bilhões.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, espera definir na reunião desta segunda as concessões que poderão ser incluídas, de forma segura, nos cálculos da meta fiscal do próximo ano, no qual o rombo projetado é maior do que o de 2017.
Segundo assessores, Meirelles ainda acredita ser possível definir para o próximo ano um déficit um pouco menor do que R$ 159,5 bilhões, exatamente para sinalizar que o governo vai reduzir aos poucos o rombo nas contas públicas.
Na reunião, além de Temer e Meirelles, estão presentes os ministros Dyogo Oliveira (Planejamento), Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência), Eliseu Padilha (Casa Civil), Fernando Coelho (Minas e Energia) e Maurício Quintela (Transportes).
Depois desse encontro o governo irá definir o que exatamente de novo pode entrar no cálculo das receitas extraordinárias para 2018.
Para 2017, a meta deve subir de um déficit de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões.
Fonte: G1