Em Parnaíba, o período das mangas transforma quintais e ruas da cidade em verdadeiros celeiros dessa fruta tão querida pelos parnaibanos. A manga é versátil: dela é possível extrair a polpa para o preparo de sucos, doces, geleias e diversas outras receitas que encantam paladares de todas as idades.

Dona Lourdes Rocha, mais conhecida como Tia Lulu, sabe bem da importância desta época. Há dez anos, ela aproveita o período das mangas para gerar uma renda extra, produzindo polpas e outros produtos feitos a partir da fruta. Com um investimento mínimo em equipamentos, como a despolpadeira, Tia Lulu se tornou microempreendedora, vendendo suas delícias para colegas, vizinhos e conhecidos, conquistando a aprovação de todos que provam seus produtos.

Lourdes Rocha em entrevista à TV Costa Norte.

“Comecei fazendo polpas, depois fui aumentando a produção e minha clientela cresceu. Funcionou e eu não parei. Hoje faz parte da minha rotina diária,” conta a microempreendedora.

Nos quintais da cidade, a experiência acumulada ao longo dos anos permite armazenar a matéria-prima de receitas caseiras, lembrando que, ao contrário de outros produtos, a manga não está disponível o ano inteiro.

“A gente tem que aproveitar a temporada. Eu guardo a polpa e faço doces o ano todo,” explica Tia Lulu.

Durante o período das mangas, ela também se dedica a testar novos sabores e combinações com a fruta, sempre valorizando o que aprendeu ao longo dos anos.

Geleia de manga.

“Eu uso minhas máquinas, o despolpador e o liquidificador industrial, e faço sucos e geleias de vários tipos. Tudo com muito carinho,” completa.

Cada polpa preparada e cada doce produzido é fruto da experiência que Tia Lulu carrega desde a infância, tornando seu trabalho reconhecido e respeitado na comunidade.

No quintal de cada parnaibano, a manga não é só fruta: é memória que se prova, sabor que se compartilha e tradição que se guarda em cada polpa.