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Ao menos três tiroteios aconteceram na noite desta sexta-feira (13) em Paris. De acordo com a polícia, há ao menos 140 mortos, é o que informa o Ministério do Interior e vários feridos. A imprensa afirma que o número de mortos pode chegar a 60. A polícia relatou também ao menos duas explosões nas proximidades do estádio Stade de France, onde o presidente francês, François Hollande, acompanhava um amistoso da seleção francesa. A agência de notícias AFP diz ainda que há cerca de cem reféns.

A polícia informou à AFP “ao menos três tiroteios, talvez quatro na região do Bataclan (11º distrito) e na rua Charonne (10º distrito)”.

O presidente François Hollande acaba de chegar à casa de shows Bataclan. A presença do presidente reforça que o número de mortos deve ser alto. Agências, citando fontes policiais, afirmam que são 100 mortos no local.

A cônsul-geral do Brasil em Paris, Maria Edleusa Fiontenelle Reis, em entrevista à GloboNews, afirma que a informação é de cerca de 140 mortos no Bataclan. Segundo ela, há dois brasileiros feridos. Uma mulher com ferimentos leves e um homem, com ferimento mais grave, que está sendo operado.

Federação Francesa de Futebol confirmou três mortes dentro do estádio Stade de France.

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No primeiro tiroteio, um indivíduo abriu fogo com um fuzil kalashnikov em um restaurante no 10º arrondissement e, de acordo com a emissora “BFM-TV”, matou “várias pessoas”. Em outro incidente, ao menos 50 disparos foram ouvidos na célebre casa de espetáculos Bataclan, perto da redação do “Charlie Hebdo”, onde estariam os reféns. Zonas de segurança foram instaladas e várias equipes de socorro mobilizadas.

Segundo o primeiro boletim da polícia de Paris, três pessoas foram mortas em explosões na zona do Stade de France. Outras 15 morreram no Bataclan, onde estão os reféns. No estádio, em Saint-Denis, que fica na mesma área dos ataques, acontecia uma partida de futebol entre a França e a Alemanha no momento das explosões . Ao menos uma pessoa teria ficado ferida, de acordo com o canal iTélé. Hollande, que acompanhava a partida, foi retirado do local. Após os ataques, o presidente iniciou uma reunião de emergência no Ministério do Interior.

Charlie Hebdo

Os tiroteios reacendem o clima de terror instaurado na cidade em janeiro deste ano, quando dois homens armados invadiram a sede do jornal satírico “Charlie Hebdo” e mataram 12 pessoas. Dois dias depois, outro jihadista sequestrou um mercado kosher em Paris e deixou quatro mortos. Antes disso, ele já havia matado uma policial durante uma troca de tiros.

“Jihadi John”

Também nesta sexta-feira, os EUA teriam matado em um ataque com drones na Síria o britânico Mohammed Emwazi, conhecido como “Jihadi John”, que apareceu em vários vídeos de decapitações do Estado Islâmico.

“Jihadi John” nasceu no Kuwait em 1988 e aparece nos vídeos do EI que mostravam os assassinatos de jornalistas e voluntários. No Reino Unido, Emwazi estudou em um colégio secundário do norte de Londres e depois cursou informática na Universidade de Westminster, na capital britânica. Aparentemente, o terrorista deixou o Reino Unido em 2013 para viajar à Síria e se juntar ao EI.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que caso as forças norte-americanas tenham obtido sucesso na tentativa de matar o militante, seria um ataque ao coração do Estado Islâmico, o que pode ter, de alguma maneira, enfurecido o grupo. (Com agências internacionais)

François Hollande e outros políticos lamentam ataques (Do G1)

François Hollande, presidente da França, em entrevista coletiva:

“Podem ser feitas buscas em todo o território. Vamos fechar as fronteiras para ter segurança de que ninguém irá entrar para cometer qualquer ato contra a França. E também para aqueles que cometeram esses atos possam ser presos caso tentem fugir (…) Frente ao terror a França deve ser forte e grande, e as ações devem ser duras. De frente ao pavor há uma nação que sabe se defender e que mais uma vez vai vencer os terroristas (…) Vamos mobilizar toda a força possível para neutralizar a atuação dos terroristas e garantir a segurança (…) O estado de urgência será decretado, e a circulação poderá ser interditada (…) O estado de urgência será decretado, e a circulação poderá ser interditada (…) Face ao terror, a França deve ser forte e deve ser grande”

Barack Obama, presidente dos EUA, em entrevista na Casa Branca:

“Esse é uma ataque não apenas contra Paris e o povo da França. É um ataque contra a humanidade e os valores que compartilhamos (…) Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados”

David Cameron, primeiro-ministro britânico, pelo Twitter:

“Estou chocado pelos eventos em Paris nesta noite. Nossos pensamentos e orações vão para as pessoas da França. Nós vamos fazer o possível para ajudar”.

Hillary Clinton, ex-senadora e candidata a presidente dos EUA:

“Os relatos de Paris são pungentes. Rezando pela cidade e pelas famílias das vítimas”

Martin Schulz, deputado do parlamento europeu:

“Terríveis notícias chegando de Paris. Nossos pensamentos vão para as famílias das vítimas”.

Fonte: Meio Norte