Flamengo-PI e Parnahyba fazem na quinta o primeiro duelo de uma possível batalha nos tribunais pelo vice-campeonato piauiense. O time do litoral acionou o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PI) pedindo a impugnação de todos os pontos conquistados pela Raposa por considerar irregular a atuação do clube com o CNPJ baixado junto a Receita Federal. O presidente do TJD-PI, José do Egito, confirmou o julgamento do primeiro confronto extracampo às 18h30 na sede do Tribunal, no Centro de Teresina. Caso seja dada favorável a ação ao Parnahyba, o time do litoral (terceiro colocado) assume a vice-liderança, herda a vaga na Copa do Nordeste 2016 e, de quebra, rebaixa o Flamengo-PI para a segunda divisão.
– As partes foram intimadas. Esse julgamento só não vai acontecer se faltar energia ou algo assim – garantiu José do Egito. O atrito entre os dois clubes começou quando se tornou pública situação do Flamengo-PI, que disputou todo o Campeonato Piauiense com o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) baixado no Ministério da Fazenda pelo não envio da declaração de movimentação financeira dos últimos cinco anos. A complicação com o fisco se deu dia 9 de fevereiro, 33 dias antes da rodada de abertura do estadual. A Raposa regularizou sua situação oficialmente dia 15 de Julho. No estadual vencido pelo River-PI, o Flamengo-PI terminou em segundo lugar com 17 pontos, um a mais que o Parnahyba, terceiro colocado.
Sem tempo de duração previsto, o julgamento do processo deve seguir uma protocolar apuração da causa dos nove auditores. O presidente do TJD-PI abre o julgamento por volta das às 19h e, então, o procurador Raimundo Miranda anuncia seu parecer – ele não vota, mas seu posicionamento é indicativo do que a casa deve seguir.
Após um breve discurso do procurador, José do Egito indaga se há provas a serem produzidas naquele julgamento para então dar às partes dez minutos para defesas e acusações.
– Nós confiamos no TJD-PI, que ao longo dos anos tem sido técnico. Decisões iguais a esta podem moralizar o campeonato e obrigar outros clubes a se regularizarem também. Vemos como uma forma de prevenção – disse Miguel Bezerra, advogado do Parnahyba.
O relator vota ao fim dos discursos e os outros oito auditores também, mas em ordem por tempo de atuação na casa. Após o resultado, os clubes tem três dias para recorrer da decisão. Contudo, ambos deram a entender nos últimos dias que devem acionar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva após o julgamento do processo em nível estadual.
Fonte: Globo Esporte PI