Tráfico de pessoas ainda desafia autoridades enquanto internet se consolida como principal meio de aliciamento
No Dia Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, celebrado nesta quarta-feira (30/07), foram divulgados novos dados sobre a atuação contra esse crime que afeta, sobretudo, mulheres e grupos em situação de vulnerabilidade. Somente em 2024, 34 vítimas foram resgatadas em diferentes regiões do país, a maioria em casos de exploração sexual e de trabalho em condições análogas à escravidão.
De acordo com informações da Polícia Federal, até julho foram instaurados 149 inquéritos relacionados ao tráfico de pessoas, que resultaram em 32 operações. Desde a inclusão do artigo 149-A no Código Penal, já são 662 investigações abertas em território nacional.
A mobilização envolve parcerias com órgãos nacionais e internacionais, além da cooperação com a Interpol e com forças policiais de outros países. Também integra o Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e colabora na formulação de políticas públicas, como o IV Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e o Painel de Dados sobre o tema.
Com o crescimento do aliciamento de vítimas pela internet, a estratégia tem incluído a capacitação de equipes e o uso de ferramentas de inteligência para monitorar fronteiras, aeroportos e ambientes digitais. Neste ano, o canal de denúncias Comunica PF já recebeu 19 registros online de possíveis ocorrências.
O tráfico de pessoas é considerado uma das violações mais graves aos direitos humanos e pode deixar marcas irreversíveis nas vítimas. Se faz importante denunciar casos suspeitos por meio dos canais oficiais disponíveis, ajudando a prevenir que mais pessoas sejam submetidas a esse tipo de crime.