Os profissionais da área de transplantes no Piauí estão trabalhando para diminuir a fila de espera por esse procedimento cirúrgico no Estado. No ano passado, foram realizados 213 transplantes de rim e córnea. Neste ano, a expectativa, segundo a Central de Transplantes do Piauí, é que aumente em 30% esse número de transplantes.
Dados do Ministério da Saúde mostram que só nos primeiros quatro meses deste ano esse tipo de cirurgia já havia apresentado um aumento de 25% no número de transplantes realizados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), no Piauí, se comparado ao primeiro quadrimestre de 2011.
De acordo com o Ministério da Saúde, nesse periodo foram realizados 80 transplantes, no Estado enquanto em 2011 realizaram-se 64 cirurgias. Dados mais atualizados da Central de Transplantes do Estado, no entanto, mostram que até o mês de julho de 2012 já foram realizados 120 transplantes no Piauí, sendo 22 de rim e 98 de córnea.
Hoje, o Piauí realiza apenas transplante de rim e de córnea, mas já há todo um planejamento para que sejam realizados transplantes de coração, no Hospital Getúlio Vargas. Ainda não há uma data para que esse procedimento cirúrgico passe a ser realizado no Estado, mas o hospital já está sendo equipado para isso. O Estado fez transplante de coração até o ano de 2008, mas depois disso, essa prática foi interrompida.
Uma parceria entre o Ministério da Saúde e a rede social Facebook quer ampliar o número de transplantes feitos no Brasil. Uma ferramenta, já disponível no perfil do usuário da rede social, possibilita que ele manifeste o desejo de ser doador de órgãos. Ainda assim, a doação só poderá acontecer após autorização da família. A medida do Ministério visa aumentar o diálogo com a população brasileira sobre o assunto.
Apesar do aumento no número de transplantes no Estado, a fila de espera ainda continua bastante grande. À espera de um rim existem no Estado, hoje, 250 pessoas. Já aqueles que precisam de um transplante de córnea são 350, totalizando um fila de 600 pacientes.
“Nossa fila já foi bem maior. No caso do transplante de córnea, já chegamos a ter uma fila de 800 pessoas, mas ela foi diminuindo e hoje só temos essas 350. Para este ano, nossa expectativa é aumentar ainda mais o número de transplante, para que essa lista não cresça. É difícil acabar com ela porque esse é um crescimento contínuo, nós sempre vamos ter novas pessoas que precisam receber o órgão”, disse a gerente da Central de Transplante no Piauí.
O Piauí possui oito equipes voltadas para os trabalhos de captação de órgãos e realização de transplantes, uma central de transplantes e uma Organização de Procura de Órgãos (OPO). Com a melhoria da infraestrutura, especialmente a capacitação de equipes para o contato com as famílias dos possíveis doadores, incentivo financeiro aos hospitais e na sensibilização da população por meio de campanhas anuais de incentivo à doação de órgãos e tecidos, os brasileiros têm demonstrado que a estratégia é eficiente.
Fonte: Meionorte