Foto: Kairo Amaral
Foto: Kairo Amaral

O “papa títulos” está perto de mais uma conquista. Mas, antes, terá que superar um desafio que, por definição, não deveria ser tão complicado: fazer seu time vencer em casa. Esse é o contexto do treinador Paulo Moroni e do Parnahyba, que depois da vitória por 2 a 1 sobre o Piauí na noite de quarta-feira (16), no Albertão, voltou à liderança da Copa Piauí 2015.

O Tubarão pode ser campeão de forma antecipada, mas para que isso aconteça é necessária uma combinação de resultados na quinta rodada: o time azulino precisa vencer o Caiçara no Estádio Pedro Alelaf, no sábado (19), e torcer por um empate entre Flamengo/PI e Piauí no Albertão, na segunda-feira (o jogo originalmente foi marcado para o domingo às 17h, mas foi adiado a pedido da diretoria do Fla/PI).

Paulo Moroni está preocupado com o desempenho da equipe dentro de casa – o time não venceu até agora no litoral na competição – e sabe que a derrubada desse tabu será essencial para o time.

“É um torneio bem complicado. Todo campeonato com poucas equipes tem a característica de ter em cada jogo uma decisão. Estamos pecando em casa. Nosso campo é muito irregular, não oferece as condições ideais de jogo, e o nosso time tem a característica da técnica, do toque de bola.

Tentaremos ter um rendimento melhor, porque as equipes adversárias, quando jogam lá, parecem estar mais preparadas que a gente. É um enigma que temos que resolver”, disse o treinador, em entrevista à FM Universitária.

O Parnahyba lidera a Copa PI com sete pontos ganhos. Em seguida, aparece o Piauí, com cinco – mesma pontuação do Caiçara. O ru-bro anil, no entanto, leva vantagem no saldo de gols. O Flamengo-PI, que perdeu para o Caiçara, aparece na lanterna, com quatro pontos.

Sérgio Passarinho confia no título do Caiçara

O discurso do técnico Sérgio Passarinho, do Caiçara, é de puro otimismo. Na quarta, a equipe venceu o Flamengo-PI de virada (Olavo e Vítor Bafana marcaram para o Leão; Maicon fez o dos rubro-negros), cravando a primeira vitória da equipe de Campo Maior na Copa Piauí. O técnico Sérgio Passarinho elogiou a equipe e demonstrou confiança no título do alvirrubro.

“Estamos jogando muito bem, e não seria justo sair de Piripiri com a derrota. Contra o Piauí jogamos em cima deles o tempo todo, e contra o Flamengo também.

Nós estamos dando nossa arrancada para o título, podem tem certeza disso. Vamos terminar a competição dando a volta olímpica após o jogo com o Piauí”, disse o treinador.

Para o atacante Olavo, a noite da quarta foi de redenção. “Nada como um dia após o outro. Perdi um gol incrível no jogo passado, mas pude me recuperar e fazer um gol diante do Flamengo, ajudando a minha equipe a sair com a vitória”.

Nas duas últimas rodadas, o Caiçara enfrenta o Parnahyba (fora) e o Piauí (em casa, ou melhor, fora também, já que o Leão está mandando seus jogos na arena Ytacoatiara, em Piripiri).

Raphael Freitas e Eduardo, juntos no ataque

O fator departamento médico continua sendo uma dor de cabeça no River Atlético Clube – principalmente no setor ofensivo. Os atacantes Fabinho e Célio Codó encontram-se em tratamento, e isso forçou mudanças no time considerado titular nos treinamentos.

No trabalho da tarde de ontem no CT Afrânio Nunes, Flávio Araújo começou com a seguinte formação: Naylson, Tote, Rafael Araújo, Índio, Alex Santos, Thiago Dias, Rogério, Carlinhos, Júnior Xuxa, Eduardo e Ra- phael Freitas. Este último falou sobre a possibilidade de jogar ao lado de Eduardo contra o Estanciano, no dia 27, na primeira partida das oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro.

“Fico triste pelos companheiros que estão afastados por conta das lesões. Quanto a jogar com o Eduardo, não vai ser novidade. Atuamos juntos em um amistoso no Albertão, e deu muito certo. Espero que possamos fazer um grande jogo diante do Estanciano e marcar gols, que é o que mais interessa a mim e a ele”.

Sobre as críticas recebidas por conta da falta de gols no ataque riverino, Ra-phael demonstrou tranquilidade. “Tem uma coisa que aprendi na minha vida que se chama audição seletiva.

Há críticas que vêm para machucar, e outras que são construtivas. Eu procuro ouvir o que me incentiva. Esse jejum de gols, para mim, é uma coisa nova. Espero marcar contra o Estanciano”, completou o atacante.

O time não vai fazer amistosos até o jogo contra os sergipanos, e por isso os treinos estão sendo reforçados no Galo. Ontem a equipe fez dois tempos de 35 minutos, para dar ritmo ao elenco tricolor.

“Essa paralisação não nos prejudica. Os treinamentos mantêm o equilíbrio da equipe. Na próxima semana já começaremos a trabalhar mais direcionados para o jogo de Estância”, disse o técnico Flávio Araújo.

Fonte: Meio Norte