Quem gosta de Carnaval encontra boas opções de folia de Norte a Sul do País. Olinda (PE), Pirenópolis (GO), Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Ouro Preto (MG) são apenas alguns exemplos de destinos que recebem grande número de turistas nessa época do ano. Em cada região, o feriado tem características próprias.
Tanta diversidade provoca uma mobilização intensa — viagens, busca por hospedagem, alimentação, transporte e as próprias festas — que impulsiona a economia do País. Segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as atividades turísticas devem movimentar, durante o Carnaval, cerca de R$ 5,8 bilhões.
Mais de 85% desse valor corresponde a três segmentos: alimentação, transporte e alojamento. O comércio em estabelecimentos como bares e restaurantes, por exemplo, deve ser responsável por movimentar R$ 3,31 bilhões.
“O setor de alimentação colabora com expressiva parcela dos gastos do consumidor em todas as épocas que envolvem grandes ocupações na área de turismo” explica o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, Alexandre Sampaio.
O transporte rodoviário responde por R$ 977,9 milhões e hotéis, pousadas e outros estabelecimentos que oferecem hospedagem, por R$ 652,5 milhões. Os outros 15% são divididos em atividades artísticas, esportivas e de lazer; agências de viagens; transporte aéreo e outros.
O setor de locação de veículos espera, em todo o verão, aumento da demanda entre 10% e 20% e o Carnaval é responsável por boa parte desse índice.
Destaques regionais
Rio de Janeiro e São Paulo, juntos, concentram 68,2% da receita gerada na época do Carnaval ― o Rio vai injetar na economia R$ 2,4 bilhões e São Paulo, R$ 1,5 bilhão, de acordo com a CNC.
Outros estados promissores para o faturamento do turismo são Minas Gerais (R$ 332,7 milhões), Bahia (R$308,7 milhões), Ceará (R$140,3 milhões) e Pernambuco (R$131,4 milhões).
Os cariocas vão abrir as portas para cerca de 1,1 milhão de turistas. De acordo com dados da Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav), o Rio de Janeiro foi a cidade com mais pacotes de folia vendidos do País. A previsão é de que os visitantes aluguem 45 mil automóveis em locadoras de carros, metade da frota do Estado.
O governo federal e a prefeitura de São Paulo já investiram R$ 60 milhões em obras de infraestrutura turística, o que deve fortalecer a economia da cidade durante o Carnaval.
“A expectativa é que o Carnaval em São Paulo alcance um novo patamar de qualidade e apresente um espetáculo ainda mais surpreendente, atraindo cada vez mais turistas”, comentou o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Vinicius Lummertz.
Em Minas Gerais, o comerciante está otimista. Mais de 59% dos estabelecimentos do comércio varejista esperam crescimento no volume de vendas em comparação com o ano passado. Para o segmento de bares e restaurantes, o percentual de empresas que projetam expansão do faturamento é ainda maior: 69%.
Em Salvador, capital baiana, a festa deve atrair 750 mil turistas e gerar entre 210 mil e 250 mil empregos, segundo a prefeitura. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na Bahia (Abrasel-BA) estima que os estabelecimentos do ramo criem 18 mil vagas temporárias.
A Prefeitura deve, ainda, ceder 2,5 mil licenças para ambulantes com isopor e outras 500 para atividades diversas como food trucks, baianas de acarajé e barracas.
O segmento de hotelaria da cidade deve criar quatro mil vagas extras temporárias, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). O número segue a média de anos anteriores.
Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores Cordeiros, Fiscais, Pessoal de Apoio e Coordenadores das Entidades Carnavalescas do Estado da Bahia (Sindcorda), o carnaval será motivo de contratação de cerca de 25 mil profissionais de emprego, como seguranças e supervisores.
Fonte: Portal Brasil