Essa é a maior queda – nessa base de comparação – desde 2001. Móveis, eletrodomésticos e artigos domésticos tiveram as maiores baixas.
Depois de mostrarem uma leve alta no mês anterior, as vendas do comércio varejista brasileiro voltaram a recuar em julho. Em relação a junho, a retração foi de 0,3%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (13).
Já em relação a julho do ano passado, o comércio recuou 5,3%. Essa é a maior queda – nessa base de comparação – desde o início da série histórica, em 2001.
No ano, o volume de vendas também apresenta resultado negativo de 6,7% e, em 12 meses, de 6,8% – mostrando também a queda mais intensa da série, considerado o período.
Em relação a julho do ano passado, as vendas do varejo foram impactadas principalmente pela queda nos ramos de móveis e eletrodomésticos (-12,4%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,6%). Na sequência, aparecem os combustíveis e lubrificantes (-9,9%) e tecidos, vestuário e calçados (-14,2%).
Ao contrário do observado na comparação mensal, o volume de vendas do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuou 0,1%, ficando praticamente estável.
Já de junho para julho, o que mais influenciou negativamente foram as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) e de combustíveis e lubrificantes (-0,3%). Os dois grupos têm os maiores pesos no cálculo da taxa geral do varejo.
Segundo Isabella Nunes, gerente de serviços e comércio do IBGE, juntos, os segmentos de combustível e hipermercados somam 60% do resultado do comércio. “No total geral, o patamar de vendas está muito próximo nos últimos três meses, só que esse patamar, que está estável, esse aproxima de 2012 e volta a 2012. Essa relativa estabilidade não dá para dizer que é recuperação, mas parar de cair tão intensamente como vinha”, analisou.
O consumidor brasileiro também comprou menos tecidos, vestuário e calçados (-5,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (-1,2%); móveis e eletrodomésticos (-1,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%).
Na contramão, cresceram as vendas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%).
Fonte: G1