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Identificado como Hyago Silva, o acusado de agredir fisicamente o deficiente auditivo Danilo Cunha da Silva de 28 anos, registrou um B.O. (Boletim de Ocorrência), na tarde de quarta-feira (21), a intenção era evitar maiores exposições nas redes sociais, através de um vídeo onde ele aparece dando um chute seguido de uma rasteira em Danilo.

O caso ganhou repercussão, centenas de compartilhamentos durante a noite de quarta-feira traziam mensagens de apoio à Danilo. A maioria das pessoas pedia um posicionamento das autoridades policiais, já que aparentemente não houve nenhum motivo para a intensidade da agressão sofrida pelo deficiente.

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Vídeo mostra Danilo caído no chão, após rasteira de Hyago

No vídeo compartilhado na internet, Danilo Cunha da Silva aparece pedindo uma dose de bebida para um grupo de homens reunidos próximos à uma boate , em questão de segundos ele é atingido por um chute que o faz cair no chão, é possível ver nitidamente que é Hyago o autor da agressão.

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Nossa reportagem conversou com um interprete da APAS (Associação dos Pais e Amigos dos Surdos) à qual Danilo fez parte. A vitima explica que estava trabalhando como flanelinha e que pediu uma dose da bebida que estava sendo consumida no local, além da agressão que o fez cair, ele disse ainda que foi atingido com um soco no olho esquerdo e mostrou o hematoma.

Vizinhos e amigos da vitima disseram à nossa reportagem que Danilo é incapaz de agredir qualquer pessoa “A gente conhece ele, e nós sabemos que ele nunca se envolveu em briga com ninguém” explica um jovem que não quis ter sua identidade revelada.

Através do aplicativo Whatsapp Hyago Silva compartilhou um áudio onde ele usa de palavras de baixo calão “Se vocês estão preocupados com minha vida porque eu dei uma rasteira no “mudim” vocês vão tudim tomar no ….Levem ele pra casa de vocês, quem manda ele ser otário jogar long neck nos outros…Se eu fosse outro eu teria quebrado era a cara dele todinha…” disse Hyago em um áudio também compartilhado nas redes sociais.

De acordo com Raimundo Santos Gerente do NEV (Núcleo de Enfrentamento à Violência) de Parnaíba, o caso não se configura como agressão doméstica, porque não foi em casa. No entanto, não deixa de ser considerado um abuso “Embora não tenha sido uma agressão doméstica, pode ser configurado como agressão por preconceito, o que é pior, já que estamos falando de um deficiente auditivo” enfatiza Raimundo.

 Conversamos também com a Presidente da APAS, Lindalva de Sousa que lamentou o fato, ela disse que nada justifica tamanha violência “Nós esperamos que seja feita a justiça” disse Lindalva.

Por: Tiago Mendes / Portal Costa Norte