Os mascotes das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, já têm nome. Depois de 21 dias de votação popular pela internet, Vinícius e Tom venceram a disputa com 44% dos 323.327 votos. O anúncio foi feito durante o programa dominical da TV Globo. Oba e Eba ficaram logo atrás com 38% dos votos. E Tiba Tuque e Esquindim tiveram 18% da preferência do público.

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A escolha homenageia os músicos Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Vinícius será o nome do mascote olímpico. E Tom, o paralímpico. Os dois foram expoentes da Bossa Nova, movimento que fez todo mundo conhecer e cantar as belezas do Rio, e são autores de Garota de Ipanema, uma das canções mais tocadas do mundo.

Para o Presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, a participação do público nessa escolha foi acertada.

– Vinícius e Tom são nomes já reconhecidos pelo mundo como sinônimo de excelência, bem de acordo com a marca que queremos deixar com os Jogos Rio 2016. Além de representar a fauna e flora brasileiras, nossos mascotes agora também se conectam com o melhor da nossa música. Temos certeza de que eles serão uma inspiração para as crianças – comenta.

Quem também comemorou a escolha foi Beth Lula, diretora de Marca do Comitê Rio 2016.

– A escolha dos nomes Vinícius e Tom emprega ainda mais brasilidade aos nossos mascotes, que são embaixadores dos Jogos. Eles têm o papel de disseminar as mensagens do evento e os valores dos movimentos Olímpico e Paralímpico aos diversos públicos, especialmente o infanto-juvenil – disse.

Ícones da música popular brasileira

agostinhodossantos_tomjobim_viniciusdemoraes1960Um dos criadores da Bossa Nova, Antônio Carlos Jobim é um dos mais famosos artistas brasileiros de todos os tempos. A revista americana Rolling Stone o considerou o maior expoente da música popular brasileira. Em 1956, Tom Jobim encontrou o poeta Vinícius de Morais com o musical “Orfeu da Conceição” e iniciou uma parceria de sucesso. Do encontro, nasceu um dos maiores sucessos da música popular brasileira: “Garota de Ipanema”. Com ela, a dupla venceu o Grammy de melhor música em 1964, competindo com os Beatles, os Rolling Stones e Elvis Presley. Os dois ainda criaram juntos outros sucessos como “Ela é Carioca” e “Só Danço Samba”.

Compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violinista, Tom Jobim também era amante da natureza, que lhe serviu de inspiração para diversas obras. Algo que o identifica com o mascote paralímpico, representante da fauna brasileira. Na semana passada, Tom Jobim ganhou uma estátua no calçadão da praia do Arpoador, em homenagem aos 20 anos de sua morte. O compositor morreu em 8 de dezembro de 1994, com 67 anos, em Nova York, vítima de uma parada cardíaca, enquanto lutava contra um câncer. Ele também dá nome ao aeroporto internacional da cidade.

Conhecido como “Poetinha”, Vinícius de Moraes também foi letrista, crítico, dramaturgo, roteirista e diplomata. Boêmio inveterado e apaixonado sem limites, casou-se nove vezes. Nasceu no Rio de Janeiro em 1913 e morreu aos 73 anos. É nome de uma rua que também fica em Ipanema.

História dos mascotes

Os mascotes de 2016 são inspirados na fauna e flora brasileiras, com influências variadas de cultura pop, elementos da animação e de personagens de videogame. São uma espécie de embaixadores dos Jogos e têm o papel de disseminar as mensagens do evento e os valores dos movimentos Olímpico e Paralímpico para os diversos públicos, especialmente o infanto-juvenil.

A origem dos mascotes do Rio 2016 mistura ficção e realidade. Sua história conta que, no dia em que foi anunciado que o Rio seria a sede dos Jogos, em 2 de outubro de 2009, a alegria dos brasileiros foi sentida por toda a natureza e dessa energia nasceram os mascotes. Ambos são criaturas mágicas e prometem encantar a todos com seus superpoderes.

Vinícius, o mascote Olímpico, representa a diversidade dos animais do país –  tem a agilidade dos felinos, o gingado dos macacos e a leveza das aves. Tem o olfato apurado, capaz de farejar aventuras, e uma audição que ajuda a encontrar as torcidas mais animadas. Além disso, pode esticar seus braços e pernas como quiser: pode estar com a cabeça no Pão de açúcar, com os pés no Maracanã e as mãos no Corcovado – tudo ao mesmo tempo! Morador de uma casa na árvore na Floresta da Tijuca, faz o tipo hiperconectado – compartilha sempre as novidades nas redes sociais. Carioca da gema, é apaixonado por música brasileira e passa o dia inteiro na ativa. Além de praticar todos os esportes Olímpicos, está sempre fazendo surfe, slackline, stand up paddle ou kitesurf.

Já Tom, o mascote paralímpico, é uma inédita mistura da flora brasileira – está sempre crescendo e superando obstáculos. Com uma cabeleira de folhagens tropicais, o mascote Paralímpico é um ser cativante, que traduz a energia das nossas matas em suas cores e formas. Possui a capacidade transformadora da flora e não acredita que exista barreiras que não possam ser superadas. Como as plantas, está sempre crescendo em direção ao sol e superando obstáculos.

Quando está diante de um problema, digamos, “cabeludo”, é capaz de tirar qualquer coisa de dentro da cabeleira para achar a solução – uma bola, uma bicicleta ou até um polvo para trocar várias lâmpadas ao mesmo tempo! Como embaixador dos Jogos Paralímpicos vai ensinar as pessoas a buscarem dentro de si o que têm de melhor, colaborando para que desenvolvam sempre seu potencial.

Fonte: Globo Esporte