Virgílio sai de casa e diz que Helena ama Laerte: ‘Estou ocupando o lugar de outra pessoa’
Demorou, mas aconteceu. Ou melhor, vai acontecer: será no capítulo 104, previsto para ir ao ar no dia 2 de junho, que Virgílio (Humberto Martins), enfim, dará um basta no casamento com Helena (Julia Lemmertz) e sai de casa. Depois de muito brigar, o escultor decide entregar o jogo e deixar a mulher. A briga definitiva não tem nem grito. Pelo contrário. Virgílio aparenta muita calma em sua decisão. O pai de Luiza (Bruna Marquezine) descobre que Helena não se desfez da caixa com as lembranças do passado com Laerte (Gabriel Braga Nunes). Sem querer, Virgílio flagra Rosa (Tânia Toko) guardando a caixa embaixo da cama depois de limpar o quarto. Quando Helena chega, vê o marido olhando aquilo, decepcionado.
Helena sofre e pede perdão ao marido. “Por favor, Virgilio, me perdoe por ser tão… saudosista. Você sabe que eu guardo caixas vazias, cadernos sem uso, canetas quebradas, sempre fui assim, colecionadora de inutilidades”, fala. E Virgílio responde: “Colecionadora do que ainda te toca o coração. Não consegue se separar do seu passado porque é nele que mora, que vive o grande amor da sua vida!”. Helena diz que não e ele diz que sim. Enquanto vai falando, Virgílio vai tirando da caixa algumas carta, fotos, pequenos objetos – e jogando tudo sobre a cama. Helena olha tudo com medo que ele destrua suas lembranças. Vai querendo impedir, mas tem medo de chegar perto dele, que mantém uma aparência perigosamente calma.
“Por favor, Virgilio, deixe tudo aí, que eu prometo que nunca mais verá essa caixa. Me perdoe. Sei que tem razão, que pediu para que eu destruísse essas lembranças – e que eu não atendi ao seu pedido, mas veja as coisas que eu guardo. São bobagens. Não estão aí para que eu lembre de alguém. É de mim eu quero lembrar. Daqueles bons tempos da nossa juventude. São fotos suas e dele porque eu estou em todas elas. Formávamos um trio e apesar de toda a tragédia que cercou as nossas vidas, mesmo assim era uma época feliz. Porque éramos jovens. Só por isso eu guardo”, diz ela, querendo chorar. “Acabou?”, pergunta o escultor. Helena quer saber se ele entendeu as razões dela e ele diz que sim. “E não agora, mas já há bastante tempo – que eu não tenho lugar nesta casa, neste quarto, nesta cama. Estou ocupando o lugar de outra pessoa”.
Helena fica estarrecida e afirma que é ele que ela ama. Virgílio, então, é cruel com ela. “Esteja certa, Helena, que ele… o Laerte, não deve ter guardado nenhuma lembrança sua. Deve estar começando a guardar e a colecionar coisas da nossa filha. É a ela que ele parece amar. E você, que lutou tanto para ser a noiva, vai ocupar mesmo – perdoe a ironia – vai ocupar mesmo o papel de mãe da noiva. Mais uma razão para você destruir tudo isso”, fala. Virgílio vai saindo e para diante dela. “Eu venho buscar as minhas coisas logo mais”, diz. Ela se desespera e pede para conversarem. “Não temos feito outra coisa. Chega”, afirma Virgílio, que sai do quarto. Ela se atira na cama, entre as cartas, as fotos e o vestido de noiva. Passam-se alguns segundos e ele volta. Ela se anima, espera uma reconciliação, mas ele vaio apenas trazer uma caixa de fósforos, que atira sobre a cama. “Nesta casa, a partir de agora vai ser assim: ou eu ou isso aí”, termina. E sai de vez deixando ela sofrendo na cama.
Fonte: Extra