O governo do Estado encomendou um estudo à Universidade Estadual do Piauí (UESPI) para levantar todas as estruturas de cargos e equipamentos públicos do Estado nos municípios para adotar medidas de economia. A idéia, segundo o secretário da Fazenda, Rafael Fonteles, é reduzir o tamanho da máquina pública e enxugar os cargos nos municípios, deixando apenas o que for estritamente necessário. O estudo deve ser concluído e as medidas devem se adotadas antes do final do ano.
De acordo com o secretário, a UESPI verificará município por município o que tem de estruturas do Estado e ver as suas reais necessidades. Rafael Fonteles afirmou que as secretarias de Saúde, Educação e Segurança são responsáveis por mais de 80% da folha de pagamento do funcionalismo do Estado. O objetivo é redimensionar isso no interior.
Para isso, foi encaminhada uma lei para a Assembleia Legislativa, que, depois de mapeada a estrutura do Estado, permitirá ao governo fazer cortes e reduções para as adequações necessárias à economia de gastos.
Por outro lado, o secretário frisou que continua uma severa e rigorosa política de contenção de despesas. Mas o governador Wellington Dias não pretende mexer no número de secretarias e de órgãos do Estado, já que optou por uma gestão descentralizada.
O governo do Estado ainda pode seguir o modelo da proposta de redução que está sendo analisada pelo Ministério do Planejamento para contenção de gastos no custeio, manutenção e número de cargos do Governo Federal. Isso passa por uma nova reforma administrativa. O que está sendo proposto pelo governador em relação aos cargos no interior denota isso.
Rafael Fonteles revelou que o custeio da administração estadual é em torno de R$ 80 milhões por mês. O governo está diante do desafio de cortar despesas para conseguir equilibrar as contas públicas. Ele afirmou que o governo tem feito um esforço em reduzir as despesas não obrigatórias.
A presidente Dilma está analisando com os ministros um novo corte no Orçamento para adequar as finanças do país. As medidas adotadas prevêem ainda mais o aperto nas finanças. As equipes dos ministérios estão dando prosseguimento as medidas que estão sendo discutidas, como uma nova reforma administrativa.
O governo relacionou cinco diretrizes da reforma: redução de dez ministérios; do número de secretarias e órgãos internos; de gastos com manutenção; de cargos comissionados; e venda de imóveis da União considerados desnecessários.
Fonte: Jornal Diário do Povo