O governador Wellington Dias prestigiou, nessa quinta-feira (7), a abertura do IX Fórum Sobre Drogas do Piauí, no auditório do Tribunal de Justiça (TJ), em Teresina. O evento promovido pela Comunidade Terapêutica Fazenda da Paz com o tema “Dependente químico: Prevenir e reinserir na sociedade” contou com a palestra magna do ministro da Cidadania, Osmar Terra.
O ministro parabenizou a iniciativa do fórum que conta com o apoio do governo federal e também do Governo do Estado e ressaltou a importância de se debater o assunto, que segundo ele é hoje um dos mais graves enfrentados no Brasil. “As drogas são a pior epidemia enfrentada pelo Brasil, pois afeta milhões de jovens e famílias. É a maior causa de violência contra os jovens. O Brasil é o país com maior número de homicídios no mundo. Estamos tratando de um assunto de graves proporções, pois também é a causa da maioria dos acidentes de trânsito. Por isso, o trabalho que se faz aqui na Fazenda da paz e o esforço que é feito por todos aqueles que militam nessa área têm ajudado a diminuir os danos. Estamos em risco do Supremo Tribunal Federal (STF) discriminalizar o uso de drogas, que na prática é liberar, pois você pode usar o que vai te impedir de levar para a escola, de dar a um amigo? Se for legalizado, isso só vai fortalecer ainda mais o tráfico. Por isso, é tão importante debater esse tema”, comentou Terra.
Osmar destacou a atuação do Ministério da Cidadania na prevenção e nos cuidados com os dependentes químicos e também do Ministério da Justiça, comandado por Sérgio Moro, na repressão e nas políticas públicas. “Quadruplicamos o números de vagas para o tratamento de dependentes químicos e no início de 2020 teremos mais de 11 mil vagas ofertadas em todo o Brasil”, afirmou o gestor.
Para o governador Wellington Dias é um prazer o Piauí sediar esse fórum que conta com a participação de estudiosos de todo o Brasil na área da dependência química. “Isso mostra o destaque do estado nas políticas públicas sobre drogas. Esse é um problema social, o que fazer com as pessoas que têm dependência química? O Piauí tem tido esse destaque, inclusive com a participação da Federação Norte e Nordeste no cenário nacional e com engajamento de diversos atores, entre ele o Judiciário, Defensoria Pública, OAB, as Comunidades Terapêuticas, as igrejas. Chegamos ao final de 2019 com mais de 3.200 pessoas que estão cumprindo penas alternativas, dentre elas o tratamento da dependência química. Por isso, temos que ter uma estrutura de saúde, de ressocialização e de atendimento. Daremos um passo a mais, que é garantir para 2020 um centro de formação, direcionando para trabalhar e apoiar empreendedores e a qualificação de dependentes químicos que passaram pelo tratamento”, revelou o gestor.
“Fazemos esse fórum de dois em dois anos, por que em dois anos mudam os gestores, muda a política sobre drogas, muda o padre, o pastor, muda tudo. É por isso temos que estar reunidos, debatendo e buscando melhorias para o setor para trazer ações concretas para a questão da dependência química. A sobriedade é uma conquista e precisamos de olhar profundo ao dependente químico: ele é acolhido, ele é tratado, mas quando ele sai da comunidade terapêutica, muitos são os problemas que ele enfrenta. Ele precisa ser acolhido e reinserido na sociedade e isso que muitos buscam, políticas públicas que garantam essa reinserção”, comentou o presidente da Fazenda da Paz, Célio Barbosa.
Fonte: CCom