O governador eleito Wellington Dias (PT) esteve reunido ontem com os deputados na Assembleia Legislativa, tratando de temas como o orçamento para 2015 e propostas que tramitam na Casa, dentre elas, a que estipula um aumento no teto dos auditores fiscais da Fazenda. Em entrevista, Dias sintetizou que o momento é de cautela e admitiu que pediu contra os reajustes. “A lei de responsabilidade e a constituição permitem até a demissão de concursados quando estoura a folha, acima do limite como está acontecendo, é claro que nem eu, nem qualquer outro quer isso, agora se já está estourado e você ainda dá reajuste, qual folha você está pagando… Então, vamos ter que adequar todas as medidas que forem necessárias para reorganizar o Estado, ter a receita capaz de pagar as despesas, de fazer funcionar a estrutura do Estado e poder em contrapartida fazer investimento”, disse.

O senador também demonstrou preocupação quanto aos gastos para o próximo ano, revelando que a situação pede que se cumpra a previsão à risca, de modo que o Piauí não venha a sofrer prejuízos futuros. “Espero que a gente tenha um orçamento contido naquilo que veio da previsão do próprio governador, na mensagem que ele encaminhou, de 8,2%, que bate com a receita do ano de 2014, então é importante que no próximo ano, o ano deve ter uma conjuntura econômica semelhante, então embora eu torço para ser melhor, mas isso acarreta no tesouro e a receita deve se comportar em torno de 5,5% . Um reajuste de 8,2% estaria próximo da receita, qualquer coisa acima disso pode colocar em dificuldade a execução orçamentária”, comentou.

Com o enxugamento nas despesas, Wellington Dias assumiu a responsabilidade de não permitir que reajustes acarretem em problemas para o Estado, tendo em vista o que tem sido observado pela equipe de transição. Desse modo, a previsão orçamentária enviada pelo governador Zé Filho é apreciada minuciosamente e norteia os caminhos a serem tomados na próximo administração, no que condiz com as finanças.

Fonte: Meio Norte