O governador Wellington Dias (PT) defendeu, na sexta-feira, durante a solenidade de posse do desembargador Erivan Lopes na Presidência do Tribunal de Justiça (TJ) do Piauí, a formação de chapão, com os partidos da base de apoio ao seu governo, para a disputa das vagas de deputado estadual e federal, como quer o MDB e o PT não aceita.
Surgiram boatos de que o MDB quer romper com o governador Wellington Dias, caso o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Themístocles Filho , não seja o candidato a vice-governador na chapa governista, e o PT não aceite formar uma chapa com os medebistas e o PP para a disputa dos cargos proporcionais.
Wellington Dias afirmou que a prioridade é seguir com a estratégia eleitoral que poderá resultar na eleição do maior número de deputados possíveis. Segundo os deputados do MDB, a única estratégia que poderá eleger 24 deputados governistas, é o chapão. “O que posso dizer para o MDB e outros partidos é que quero trabalhar nessa perspectiva de termos a unidade e organização de chapa estadual e federal por conta das regras. As regras asseguram que quem possui a maior acumulação de voto tem a condição de ganhar as vagas de sobra como são colocadas”, disse Wellington Dias, defendendo a união do maior número de legendas possíveis.
O PT quer formar uma chapa pura porque os petistas avaliam que se seguirem sozinhos conseguirão eleger cinco deputados. Com o chapão farão no máximo três. “Quero dizer aos partidos que vou defender o que for melhor para o time. Como um técnico de futebol que tem que encaixar todas as peças”, disse Wellington Dias, adiantando que a chapa proporcional será formada e divulgada este mês.
Assis Carvalho disse que o PT vai defender o que for definido no encontro de seus delegados regionais, no dia 20 e 21 de julho, em Teresina. “O PT vai ter uma decisão no dia 20 e 21 de julho. O partido tem um colegiado de 150 membros e não é uma pessoa só. Qualquer coisa que eu for colocar, eu não posso tomar nenhuma decisão sozinho. Os delegados vão tomar uma decisão coletiva e a minha posição é a dos delegados. O PT tem essa posição de fim das coligações desde 1980 e nós voltamos a defender essa posição histórica do partido”, falou Assis Carvalho.
Fonte: Meio Norte