No Santos, eles são os donos da bola. Celebrados pela torcida, temidos pelos adversários, Paulo Henrique Ganso e Neymar conquistaram quatro títulos com a camisa do Peixe: duas edições do Paulista, uma Copa do Brasil e uma Libertadores. Eram aclamados pelos torcedores nos tempos de Dunga. Mas na era Mano Menezes, momento em que concentram as principais atenções da mídia nacional e internacional – além das esperanças de gols – a dupla alvinegra parece ainda não ter se encontrado.
É fato que Ganso deu os dois passes para os gols brasileiros no empate em 2 a 2 com o Paraguai – foram também 39 passes certos contra oito errados. Mas as exibições do camisa 10 até agora não lembram as que já fez pelo Santos, por exemplo. E isso tem gerado contestações sobre o seu potencial, principalmente por parte da imprensa estrangeira. Na partida com o time guarani, por exemplo, jornalistas espanhóis e italianos perguntavam aos brasileiros se o meia atuava também daquela maneira pelo Peixe.
Já Neymar sofreu mais com a pressão. Vaiado pelos torcedores paraguaios, que não se esquecem das suas jogadas nos jogos contra o Cerro Porteño, pela Libertadores, o atacante ainda foi substituído no segundo tempo. Seus dribles não encaixaram diante da forte marcação.
– Também não vimos o brilho de grandes jogadores convocados de outras equipes do mundo em outras seleções. Isso tem sido comum nos últimos anos porque ainda não temos time. Temos boas individualidades e precisamos colocar à disposição dentro de uma equipe. Isso é um problema e temos discutido com frequência. Na seleção já tivemos essa discussão, mas não chegamos a um ponto comum. Levamos a discussão para outros campos. Se não estivessem com vontade, poderiam não estar aqui. Se estão aqui é porque querem estar aqui. Seguimos trabalhando para ter uma boa Seleção e tenho certeza que isso vai acontecer – explicou o técnico Mano Menezes.
Fonte: Meio Norte