O primo do goleiro Bruno Fernandes, Sérgio Rosa Sales, vai esperar o julgamento pela morte de Eliza Samudio em liberdade. Dois de três desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais votaram nesta quarta-feira (10) pela liberdade provisória do réu.

Na mesma sessão, os desembargadores negaram pedido da defesa dos oito réus para que fosse revogada a decisão de que eles sejam julgados por um júri popular, determinada pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues, de Contagem. Das decisões, cabe recurso. De acordo com o desembargador Doorgal Andrada, Sérgio Rosa Sales não apresenta capacidade de influenciar testemunhas, não tem poder aquisitivo e colaborou com as investigações. O advogado de Sales, Marco Antônio Siqueira, disse que sempre esperou que seu cliente fosse solto. Para Siqueira, Sérgio Sales é uma testemunha do crime. 

O presidente da mesa, desembargador Delmival de Almeida Campos, votou a favor da liberdade do primo de Bruno, mas que ele não fosse solto imediatamente e que a juíza Marixa Fabiane Rodrigues defina essa questão.

O pedido do Ministério Público para que outros quatro réus, Dayanne Souza, Wemerson Marques, Elenilson Vitor da Silva e Fernanda Castro, também fossem julgados por homicídio triplamente qualificado foi negado pelos magistrados. Dayanne, Marques e Silva respondem em liberdade pelo sequestro e cárcere privado do filho do goleiro Bruno. Já Fernanda responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.

O advogado de Bruno, Cláudio Dalledone Jr., disse que já esperava que o goleiro não conseguisse a liberdade provisória e que não deve mais recorrer da decisão sobre o júri popular. O advogado falou que, agora, vai esperar o julgamento. Dalledone completou, dizendo que o goleiro acredita que vai ser absolvido das acuções pelo "povo". Esta decisão deve dar continuidade ao julgamento dos réus, que está paralisado desde dezembro do ano passado, segundo informações do TJMG. A juíza Marixa  determinou que oito pessoas fossem a júri popular pelos crimes relacionados ao caso.

Flávio Caetano Araújo, que era motorista do goleiro, foi solto por meio de um alvará no dia 26 de novembro de 2010 e foi absolvido de todas as acusações.

Fonte: g1.com