A Polícia do Rio mobilizou 120 homens, 60% do efetivo da Delegacia de Homicídios, para investigar o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, ocorrido na quinta-feira à noite em Niterói, na região metropolitana do Rio.
Hoje, a chefe da Polícia Civil do Rio, Marta Rocha, não quis dar detalhes da investigação. "Este é o momento de silêncio, de investigar", disse ela ao sair da Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).
 
O Disque-Denúnica informou já ter recebido até o momento 42 denúncias sobre o crime.A polícia não descarta nenhuma linha de investigação. Há suspeitas contra milícias, grupos de extermínio, agiotas, máfias de vans e até de crime passional.
 
A juíza, além de ter sofrido várias ameaças por causa de suas decisões rigorosas contra políciais, teve registros de agressão do namorado, o cabo da PM Marcelo Poubel, em pelo menos duas ocasiões.
Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, foi registrada queixa contra o policial em 2006 por uma "surra" que ele teria dado na juíza publicamente, numa churrascaria, em 2006.
 
No começo deste ano, quando estavam separados, ele invadiu a casa de Acioli e a flagrou no quarto com outro homem _um agente penitenciário. Uma queixa por agressão contra o policial foi registrada na 81ª DP (Itaipu).
Recentemente, a juíza reatou o relacionamento com o policial. A Folha não conseguiu localizar ontem Poubel.Poubel já havia prestado depoimento durante seis horas na Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, que investiga o caso.