O técnico Luiz Felipe Scolari fez questão de colocar um ponto final nas especulações que agitaram o Palmeiras antes do empate em 1 a 1 com o Bahia, nesta quinta-feira, no Canindé. Bastante paciente e com jogo de cintura, Felipão respondeu claramente sobre a conversa com Paulo César Carpegiani, a relação com o vice-presidente Roberto Frizzo e a possibilidade de deixar o comando do clube. Categórico, ele afirmou: “Nada me tira do Palmeiras”.

 

Em uma longa entrevista coletiva pós-jogo, o técnico esclareceu que não está rompido com Frizzo, muito menos com o presidente Arnaldo Tirone. Mas avisou que há alguém na diretoria querendo derrubá-lo. Confira abaixo os principais momentos da coletiva.

 

Conversa com Carpegiani

 “Conversei com um amigo que tenho há 36 anos. Assim como o nome do Carpegiani foi colocado hoje, na semana que vem vão colocar o Pedro. Sempre tem um problema no Palmeiras que não nos permite ter tranquilidade. Tenho certeza de que o Carpegiani jamais foi contratado, mas aí alguém sempre usa um nome. É Carpegiani, Parmegiani…"

 

Possibilidade de deixar o cargo

“Vou dizer mais uma vez. Eu não tenho intenção de sair do Palmeiras. Se quiser sair, tenho que pedir demissão e pagar a multa. Se o Palmeiras quiser que eu vá embora, também paga a multa. Imaginei minha vida trabalhando no Palmeiras, mudei minha rotina e de toda minha família, trouxe todo mundo para São Paulo. Posso garantir, sem falsa modéstia, que tenho dez propostas por ano para sair. Mas não vou sair, não quero. Então nada me tira do Palmeiras. Tenho certeza de que as coisas estão caminhando para uma situação correta e ideal para o clube. Não tenho motivo para sair, não vou sair e pronto. Acaba o assunto assim.”

 

Relação com Roberto Frizzo

“É uma relação normal, de diretor para treinador. É um relacionamento de transparência, mas que não envolve amizade e companheirismo. Mas é normal. Temos discussões normais, mas bem longe do que estão dizendo por aí, de rompimento.”

 

Inimigos dentro do Palmeiras

“Tenho meus inimigos, mas não preciso revelar, nem nada. Sei como tenho de trabalhar, e até o fim de 2012 (quando vence o contrato do técnico), vou ver uma ou outra coisa diferente daquilo que eu imaginava. Acabei de conversar com o presidente Arnaldo Tirone e vamos em frente, tocar naquela meta que imaginamos.”

 

Vaias da torcida após empate

“Quero dizer que gostei do meu time, jogou bem, contra o Vasco foi bem mesmo não fazendo gol. Hoje já fizemos um gol e criamos no mínimo cinco ou seis chances vivas, o que é bom, mas por uma razão ou outra a bola não entra, pronto, acabou. Não tenho o que ficar me lamentando, o torcedor está triste com toda a razão. Mas ele não pode sair daqui do Canindé dizendo que o Palmeiras fez um jogo ruim.”

Fonte: meionorte.com