Tijolos, pedras, paredes caídas e muito entulho foi o que sobrou das barracas na Pedra do Sal. No fim do mês de agosto uma maré cheia derrubou o que ainda estava em pé. Todos os anos os donos de bares passam pela mesma situação, as ondas vêm derrubam o que existe e depois todos ficam no sufoco.
São 22 barracas ao todo e cerca de 10 bares estão destruídos. Como os barraqueiros não têm condições de levantar os bares sozinhos, ficam a mercê do poder público. Eles vivem somente das vendas e da pesca, como nesse período o vento é muito forte, poucos se arriscam a pescar.
Segundo João Batista, proprietário de bar, com as condições precárias dos bares, as vendas diminuíram e não há como oferecer um atendimento de qualidade para os turistas. Batista relatou que alguns proprietários das barracas preferem ir no domingo, dia mais movimentado. Eles levam caixas de isopor com bebidas e caso haja algum pedido de comida vão para casa preparar o prato, trazendo já no ponto de degustar. Outros barraqueiros já venderam o que restou.
As vendas caíram e os entulhos atrapalham a recepção dos turistas, que procuram sempre o melhor conforto e se deparam com o inesperado. Contudo, o maior receio dessas pessoas é que com a lua cheia, as ondas cheguem a 3.6, levando o que sobrou.
Por isso, representantes dos barraqueiros da Pedra do Sal acompanharam a votação do requerimento 072/11, solicitando a reconstrução dos bares, na Câmara Municipal de Parnaíba, na última terça-feira. Eles esperam que sejam construídas barracas provisórias, enquanto o governo toma alguma decisão.
Com urgência será marcada uma reunião com o setor competente da prefeitura a fim de resolver o problema dos barraqueiros, que enquanto isso tentam viver como podem.