Além das duas mulheres, um homem foi preso acusado de comandar o "esquema". (Foto: Kairo Amaral)
Além das duas mulheres, um homem foi preso acusado de comandar o “esquema”. (Foto: Kairo Amaral)

A Polícia Civil de Parnaíba realizou na manhã desta segunda-feira (13/10) uma operação nos municípios de Cocal da Estação-PI e Viçosa-CE visando cumprir três mandados de prisão preventiva no intuito de desarticular parte de uma quadrilha que atua na região norte do Piauí aplicando golpes através de empréstimos. Ao todo, três pessoas foram presas: um homem, que está sendo acusado de chefiar o bando, e duas mulheres (mãe e filha).

De acordo com o delegado de Polícia Civil, João José Pereira Filho, que esteve à frente das investigações, desde o ano passado que essa quadrilha já está sendo investigada. Em 2013, inclusive, quatro pessoas foram presas sob a mesma acusação. Segundo ele, essas três pessoas foram presas nessa segunda-feira (13) após a solicitação de um mandado de busca e apreensão, concedido pelo Juiz de Direito da Comarca de Piracuruca, Dr. João Bandeira Monte Júnior.

Ainda segundo a Polícia Civil, a investigada Maria do Livramento da Silva Araújo, de 50 anos, e a sua filha Letícia da Silva Araújo, de 30 anos, foram presas no município de Cocal da Estação, onde residem. Já João Batista do Magalhães, de 45 anos, acusado de ser um dos comandantes do “esquema” foi localizado e preso na cidade cearense de Viçosa. O delegado “JJ” explica que a quadrilha aplicava os golpes de três formas diferentes. A primeira delas diz respeito aos empréstimos consignados, onde os criminosos utilizavam as cópias dos documentos das vítimas para realizar novas retiradas de dinheiro nos bancos. De acordo com a Polícia, eles também utilizavam os nomes de pessoas comuns para pedir quantias emprestadas e utilizar a vítima como “laranja”.

João Batista do Magalhães, de 45 anos, foi preso em Viçosa-CE. (Foto: Leonardo Marques)
João Batista do Magalhães, de 45 anos, foi preso em Viçosa-CE. (Foto: Leonardo Marques)

Outra maneira que a quadrilha agia, segundo as investigações, era com a solicitação de cartões de créditos em bancos. Desta forma, a quadrilha utilizava documentos de vítimas para extrair dinheiro através do débito. Os três envolvidos foram levados para a Delegacia Regional de Polícia Civil de Parnaíba, onde negaram envolvimento nos crimes. Com eles, a Polícia apreendeu uma quantia de R$ 603,00 (seiscentos e três reais) e vários documentos de vítimas.

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Os estelionatários foram conduzidos até o Posto Avançado do Instituto Médico Legal de Parnaíba onde foram submetidos a um exame de corpo de delito. Em seguida, os acusados foram levados para a Penitenciária Mista de Parnaíba Juiz Fontes Ibiapina, onde aguardarão o julgamento em juízo. Conforme o Código Penal Brasileiro, o estelionato é capitulado como crime econômico (Título II, Capítulo VI, Artigo 171), sendo definido como “obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”.

Maria do Livramento da Silva Araújo, afirmou que foi apenas uma denunciante.
Maria do Livramento da Silva Araújo, afirmou que foi apenas uma denunciante. (Foto: Leonardo Marques)
João Batista do Magalhães.
João Batista do Magalhães.
Delegado de Polícia Civil, João José Pereira Filho, o "JJ".
Delegado de Polícia Civil, João José Pereira Filho, o “JJ”.

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Por Kairo Amaral e Leonardo Marques