Agentes penitenciários abortam motim utilizando bombas juninas (Foto: ProParnaíba)

No meio da tarde desta terça-feira, dia 10, os agentes penitenciários lotados na Cadeia Mista de Parnaíba, enfrentaram um princípio de motim por parte dos detentos durante uma revista de rotina.

Os agentes faziam a vistoria na Coletiva 03, onde estão os presos de alta periculosidade e todos oriundos de Teresina, quando nesta cela com 24 detentos, um deles se negou a executar o procedimento de rotina que é abrir a boca e permitir a revista pessoal, sendo apoiado por mais quatro presos.

Durante a ação, os detentos batiam nas celas, xingavam e ameaçavam os agentes penitenciários. Outros presos aproveitaram a confusão para adentrarem nas celas também sem serem revistados.

Como os profissionais da Fontes Ibiapina não dispõem de armamento não letal, tão pouco os policiais militares que também trabalham lá, os agentes penitenciários fizeram uso de bombas juninas até o reforço chegar.

Momentos depois, já com a presença da Força Tática da PM, os ânimos voltaram ao normal. Na cela, os agentes encontraram cerca de 20 trouxinhas de maconha, um celular e 50 reais em cédulas de pequeno valor. Sendo que na segunda-feira (09), a mesma cela foi vistoriada e lá foram encontrados três celulares com dois carregadores, um chip, algumas trouxinhas de maconha e um cachimbo para consumo de crack.

Os detentos que lideraram o princípio de motim foram separados e levados para a triagem. “Esta é a única forma que a penitenciária tem para punir os detentos, lá os mesmos poderão ficar sem banho de sol e visitas por alguns dias”, declarou um agente que pediu sigilo quanto à sua identidade.

Ninguém saiu ferido durante o motim, no entanto, um detento, na manhã desta terça-feira foi retirado desta mesma cela com sinais de espancamento. Este detento teria passado a noite toda amarrado e teria sido espancado pelos mesmos presos que tentaram o motim na tarde desta terça(11).

Os agentes informaram ainda que final do mês passado, após a denúncia de desvio de gêneros alimentícios, o juiz Stefano fez uma visita ao presídio, mas não adentrou nas alas alegando falta de segurança. A estrutura física e condições de trabalho são constantemente denunciadas pelos agentes penitenciários.

Informações ProParnaíba