Falar é a melhor saída. Diante da sugestão de querer desaparecer, pessoas há que optaram pelo suicídio. Mas bem sabemos que viver é a melhor alternativa. Em Parnaíba, este mês foram registrados quatro suicídios, sendo que nossa cidade apresentou uma média de pouco mais de dez suicídios anuais nos últimos cinco anos, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Os fatores mais comuns relacionados ao suicídio são o bullying, o abuso sexual, ou qualquer forma de violência, o consumo de drogas e o álcool, a falta de vínculos familiares, depressão, bem como transtornos mentais.
Outra realidade que tem afetado os indivíduos é a dificuldade de pessoas não conseguirem lidar com a frustração. Em muitos casos há perda de consciência do sentido da vida. Em contraposição a este fato, vale ressaltar que as pessoas tem potencial para a excelência e podem fazer a opção de superar os próprios desafios.
Uma circunstância muito comum está no julgamento e no preconceito em desfavor das pessoas com ideações suicidas. Isso distancia ainda mais as possibilidades de ajuda. Vale ressaltar que, na maioria dos casos, as pessoas dão sinais de intenção de autocídio. Por isso, é importante ao ouvir alguém com ideações suicidas, procurar um lugar adequado, reservar tempo sem outras preocupações, e ouvir efetivamente a pessoa. Esta postura pode reduzir o nível de desespero suicida.
É importante exercitar a empatia e demostrar que aceita e respeita o outro. Mostrar preocupação e cuidado também muito ajuda. É importante focar no sentimento das pessoas e procura entender seu seus sentimentos. Portanto, ao identificar alguém com ideações suicidas, ouça, seja empático e fique calmo. Outra forma de encontrar apoio emocional é através do número 188, a ligação é gratuita, e há voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) disponíveis para uma escuta sigilosa e qualificada.
Por Daniel Santos