Alício Pena Júnior trabalhou como quarto árbitro do jogo entre Cruzeiro e Ponte (Foto: Gullit Pacielle)

Depois de ser chamado de “babaca” pelo zagueiro Chicão, do Flamengo, o juiz Alício Pena Júnior rebateu neste domingo a crítica feita pelo defensor. Em Uberlândia, onde atuou como quarto árbitro no empate por 2 a 2 entre Cruzeiro e Ponte Preta, o juiz também se defendeu das acusações do técnico Jayme de Almeida e do volante Elias. Eles haviam afirmado que o árbitro ofendeu os atletas e o Flamengo na partida diante do São Paulo, na última quarta-feira, em Itu.

– Quem me conhece sabe da minha trajetória, os próprios atletas do Flamengo não viram nada, os atletas do São Paulo não ouviram nada também. O Jayme também não dava para ouvir porque estava no banco de reservas. Para fazer uma coisa dessas, só se eu fosse o maior idiota da Terra. O Flamengo é um dos maiores clubes do mundo,  e não sou burro. O que eles disseram é infundado – afirmou Alício.

Quanto à ofensa do zagueiro Chicão, o juiz lamentou e acredita que o atleta estava de cabeça quente.

– Pode ter sido porque estava com a cabeça quente devido à derrota. Mas ele tem que pensar antes de falar no microfone. Isso prejudica a imagem profissional das pessoas, e o que aconteceu naquele jogo foi uma situação normal de jogo. Quem acompanha futebol sabe que há um contato mais ríspido entre atleta e juiz.

Sobre a possível punição, Alício Pena Júnior prefere deixar com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

– A decisão é do doutor Paulo (Schmitt, procurador). Eles vão encaminhar ao tribunal e tomar a decisão que acharem interessante. O que não existe é eu ter me dirigido ao atleta nos termos que eles disseram – concluiu.

A acusação dos rubro-negros está sendo avaliada por Paulo Schmitt. Se houver denúncia, o árbitro responderá pelo artigo 243-F, que, em caso de condenação, pode causar multa de até R$ 100 mil e suspensão de 15 a 90 dias.

Fonte: Globo Esporte