Átila Lira informou que a partir desta sexta-feira (11) serão convocados os primeiros professores substitutos. “A greve está concentrada em Teresina. Cerca de 100 escolas estão funcionando parcialmente e 60 estão com suas atividades normais. A partir de amanhã faremos um levantamento dos professores que não retornarem ao trabalho. Quem não retornar será substituído”, declarou o secretário.
Segundo secretário, haverá três medidas imediatas. Será cortado o ponto de quem faltar às atividades, professores substitutos serão chamados e declaração de abandono de emprego para os faltosos, podendo acarretá, inclusive, em demissão. Em Parnaíba, cerca de 80% dos professores voltaram ao trabalho e o cronograma de aulas é seguido.
Lira assegurou que, com a medida, as negociações com o Sindicato dos trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI) estão encerradas. “A proposta de aumento que oferecemos à categoria é maior do que em muitos estados. Eles estão prejudicando o funcionamento das escolas e não podemos admitir isso. Não faz mais sentido discutir isso”, declarou, assegurando que as aulas iniciarão na segunda-feira (14).
As escolas com turmas de 3º ano serão prioridades, em vista do vestibular. Segundo informou Átila Lira, o governo cumpriu a lei do piso no acordo e que, entretanto, “o Sindicato insiste em fazer dessa paralisação uma paralisação política”.
Sindicato
O Sindicato dos trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI) repudiou a atitude do secretário de Educação. A presidente do Sindicato, Odenir de Jesus, acredita que a postura do secretário é uma tentativa de ameaçar e amedrontar os professores.
“Nem no período normal têm professores para todas as disciplinas. Imagina agora”, diz Odeni. A sindicalista afirmou que a assessoria jurídica do Sinte-PI está acompanhando todas as decisões do governo e que medidas serão tomadas.
Marcos Fernandes, professor, explicou que a assembleia decidiu por unanimidade continuar a greve. “O que ele está tentando fazer é uma guerra psicológica, é assédio moral. Ele não tem autoridade pra encerrar o movimento, só quem pode fazer isso é a categoria. A greve é legítima e não foi decretada ilegal, portanto também não pode haver corte de ponto”.
O docente informou que a categoria vai entrar em contato com as emissoras locais, para emitir uma nota de repúdio às atitudes do governador Wilson Martins, secretário Átila Lira e o secretário Robert Rios. “Eles estão tentando criminalizar o movimento”, declarou.
Sinte-PI irá realizar uma nova assembleia na próxima terça-feira (15). Mas a categoria mantém um acampamento ao lado do Palácio de Karnak, sede do governo estadual.
Fonte: Portal da Clube