O Brasil registrou nesta quarta-feira a menor média móvel de mortes por Covid-19 desde 28 de abril: 367, de acordo com o boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa. Nas últimas 24 horas o país contabilizou 276 mortes, totalizando 160.548 vidas perdidas para o novo coronavírus. Foram notificados 13.748 novos casos da doença, elevando para 5.567.126 o número de infectados pelo Sars-CoV-2.

 

A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

 

O consórcio de veículos de imprensa é formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até às 20h.

 

A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

 

O boletim da pasta informou que há 243 novas mortes causadas por Covid-19 no Brasil, totalizando 160.496 vidas perdidas para a doença. Foram notificados 11.843 novos casos de coronavírus, elevando para 5.566.049 o número de infectados no país.

 

Taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil volta a ficar acima do limiar epidêmico

 

O número de reprodução do coronavírus, o valor R que se refere à taxa de transmissão do vírus, subiu um pouco no Brasil em relação à semana passada e voltou a ficar acima do limiar epidêmico, em 1,01.

 

Segundo o Centro Global de Análise para Doenças Infecciosas de Londres, que estima o número R para todos os países do mundo, o valor representa uma leve oscilação em relação à semana passada, quando o território brasileiro estava com R em 0,98.

 

A oscilação está dentro da margem de erro da estimativa, que é feita em cima do número bruto de mortes reportado por cada país. Ela indica, porém, que o país cruzou de novo a linha divisória entre o que seria uma epidemia sustentável ou um surto que caminha para se extinguir.

 

O valor R representa essencialmente o número de pessoas que cada infectado pelo coronavírus reinfecta. Quando R é igual a 2, cada vítima contaminada com o vírus o transmite para outras duas. Quando está em 1, a epidemia mantém seu tamanho. Quando está abaixo de 1, o surto começa a minguar.

 

Fonte: Extra