Comparando as condições da CEF, as tarifas caíram até 25%. E, das 18 que foram reduzidas, 15 ficaram mais baratas do que as do BB. (Foto: Divulgação)

A Caixa Econômica Federal (CEF) usou munição pesada na guerra de tarifas de serviços ao anunciar, ontem, reduções que passarão a valer na próxima segunda-feira, dia 15. Embora o banco tenha baixado menos tarifas do que o Banco do Brasil (BB) — foram 18 reduzidas, enquanto o BB diminuiu 24 —, os cortes da Caixa foram mais significativos, porque a maioria das taxas também ficou mais barata do que nas instituições privadas.

A tarifa de saque na Caixa, por exemplo, que baixou de R$ 1,30 para R$ 1,15, ficou 47% mais barata do que a do Real Santander. O pacote padronizado de serviços (com oito retiradas, quatro extratos do mês corrente, dois do mês anterior e quatro transferências entre contas do mesmo banco) custa 32% menos do que no banco espanhol. E, se precisar pedir a segunda via do cartão de débito, o cliente da Caixa pagará 33% menos do que o do Itaú Unibanco.

Comparando as condições da CEF, as tarifas caíram até 25%. E, das 18 que foram reduzidas, 15 ficaram mais baratas do que as do BB. As outras três se igualaram.

Com redução de 5%, o pacote padronizado da Caixa caiu de R$ 10 para R$ 9,50, abaixo do novo valor anunciado pelo BB: R$ 9,90. Vale lembrar que esse pacote, que existe para que o correntista economize, chega a custar R$ 13,50 no HSBC e R$ 14 no Real Santander, segundo levantamento.

Na comparação entre os dois bancos públicos, a maior diferença nas reduções foi entre as tarifas de transferências por meio de TED e DOC: o BB reduziu suas condições em 6% e 8%, respectivamente, e a Caixa em 13%.

Cadastro de clientes novos só será cobrado nos bancos privados

Assim como fez o Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal anunciou que vai isentar novos clientes da tarifa de cadastro. A partir da próxima segunda-feira, os dois bancos não vão mais co$os R$ 30 pelo serviço.

Segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, a instituição quer aumentar a base de correntistas:

— O objetivo é atrair ainda mais clientes.

A taxa de cadastro cobre os custos de uma pesquisa que o banco faz em serviços de proteção ao crédito, bases de dados e informações cadastrais, antes da abertura da conta-corrente.

Os principais bancos privados ainda não informaram se vão seguir o mesmo caminho dos públicos e também eliminar a tarifa.

Conforme uma pesquisa feita, essa taxa pode ter uma grande variação entre os bancos privados, Portanto, o cliente deve ficar atento. O Real Santander, por exemplo, cobra R$ 28,50 pelo cadastro, enquanto o HSBC, R$ 59 (107% mais).

Fonte: meionorte.com