Ocorreu na manhã de segunda-feira (01), no auditório do Sebrae, em Teresina, a solenidade de entrega de títulos que oficializam a cajuína do Piauí, como Indicação Geográfica (IG) e Patrimônio Cultural Brasileiro. Foram contempladas cooperativas e associações de municípios do estado produtoras da bebida.
O título de Indicação Geográfica da Cajuína no Piauí abrangeu produtores que seguem os padrões de produção previamente estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como é o caso da União das Associações, Cooperativas e Produtores de Cajuína do Piauí (Procajuína), que será responsável por administrar e fiscalizar o uso do selo de qualidade.
Delano Rocha, diretor técnico do Sebrae no Piauí, afirma que o processo de avaliação do IG, apesar de longo, teve resultados positivos para o Estado. “Iniciamos o trabalho em 2011, com a sensibilização dos produtores.
Depois buscamos o apoio de entidades para a definição dos padrões de produção, bem como a delimitação da área produtiva. E agora, estamos colhendo os frutos desse trabalho”, comemora.
Segundo Josenilton Vasconcelos, produtor de cajuína, o título IG vai reforçar a comercialização da bebida. “A IG contribuirá para agregar valor ao produto e para inserir essa bebida em novos mercados, melhorando a renda e a qualidade de vida de todos os envolvidos”, pontua. O produtor acrescenta ainda que é uma forma de padronizar processos produtivos e de elevar a qualidade da bebida.
Já para José de Ribamar Rodrigues, produtor e presidente da Procajuína, o selo de Indicação Geográfica é uma forma de autenticar a cajuína produzida no Piauí, diante das produzidas em outros Estados.
“O selo IG é um grande diferencial, por atestar a qualidade do nosso produto, que é fabricado com 100% do suco de caju. Com isso salvaguardaremos nosso método artesanal de produção, passado de geração em geração, nos destacando frente à concorrência”, garante.
O título de Patrimônio Cultural Brasileiro foi concedido à cajuína pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o de Indicação Geográfica pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
O Brasil possui, atualmente, mais de 40 Indicações Geográficas, entre as quais se destacam o vinho do Vale dos Vinhedos, o café do cerrado mineiro, a Carne do Pampa gaúcho, os doces de Pelotas e a Cachaça de Parati.
Já na Europa, são milhares de indicações, que protegem queijos, vinhos, destilados, cafés e outras delícias, como é o caso do vinho do Porto, de Portugal; do champagne, na França; e do chocolate belga, da Bélgica.
Fonte: Meio Norte